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The Nashville Marathon

 

Outtakes de Estúdio, 4-8 de Junho de 1970.

Músicas:

Mystery Train/Tiger Man - Jam. Instrumental
Twenty Days And Twenty Nights - take 3
I’ve Lost You - take 1
The Sound Of Your Cry - take 3
Bridge Over Troubled Water - take 1
How The Web Was Wowen - take 1
The Next Step Is Love - take 10
I’ll Never Know - take 1
Life - take 10
Love Letters - take 1
Heart Of Rome - take 1
Mary in The Morning - take 4
Sylvia - take 9
It’s Your Baby, You Rock It - take 3
It Ain’t No Big Thing - take 6
A Hundred Years From Now - take 1 & 2
Tomorrow Never Comes - take 2
Snowbird - take 1
Rags To Riches - take 2
Where Did They Go Lord - take 3

 

The Nashville Marathon - Por Sergio Biston

Impulsionado pelo fabuloso sucesso das gravações com o produtor Chips Moman no American Studios, Elvis entraria novamente num estúdio para a primeira sessão de gravações da nova década em 4 de Junho de 1970. Colhendo ainda os frutos de sua última sessão de gravação, parecia natural um retorno a Memphis para mais uma sessão sob a batuta do competente Momam. Não seria o caso, entretanto. Picuinhas, orgulhos feridos e diversas jogadas comerciais esfriariam ânimos e  destruiriam qualquer ímpeto artístico. Nashville parecia ser então a escolha óbvia para o que seria literalmente uma "maratona" de quatro dias de gravações, a qual ao seu final, produziria nada menos do que 35 masters e material suficiente para 3 álbuns. O material criado, indo do country ao pop e o ocasional rock figura entre o que Elvis ofereceu de melhor nos anos 70. Lançado em 2002, The Nashville Marathon é um dos mais aprazíveis documentos artísticos desse momento, o início da última parte de sua carreira . Concebido como um segundo volume do soberbo A Hundred Years From Now -Essential Elvis Vol 4, o álbum da FTD fecha a crônica dos primeiros trabalhos de Elvis na capital da música country após seu reenascimento artístico no final da década anterior. A exemplo do primeiro, o CD abre com uma jam instrumental com Elvis e os músicos à toda carga no medley Mystery Train/ Tiger Man. A sobrevivência deste "aquecimento" é fascinante registro de como Elvis se preparava para as gravações, buscando inspiração e energia em antigos números de grande siginificado pessoal. Presentes no disco estão vinte performances completas, takes alternativos que oferecem deslumbrante visão do processo artístico de Elvis.

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Elvis chegando para as gravações nos dias 4 e 5 de Junho. RCA Studio B, Nashville, TN.

 

Entre as faixas, surpresas deliciosas como uma delicada Bridge Over Troubled Waters, com Elvis navegando cada nuance de emoção com brilhante fragilidade e dedicação no primeiro take da música. O take de Sylvia aparece com vocais muito mais crus e interessantes do que a versão final. Tomorrow Never Comes mostra-se uma canção exigente e o cantor parece encontrar dificuldades na execução do extenuante final, nesta segunda passagem.  Presley dirige os músicos no início de How The Web Was Oven, simpática balada que também em sua primeira tentativa dá ao ouvinte a chance de acompanhar o processo evolutivo dentro do estúdio. A exemplo de Bridge, também agrada pela fragilidade e pela insegurança com a qual Elvis se aproxima da canção, estudando suas passagens,descobrindo onde as emoções devem ser mais súbitas ou contidas. Ainda no campo das baladas, Mary In The Morning carece da harmonica de Charlie McCoy, marca registrada do master. Também é sentida a ausência dos backing vocals em It´s Your Baby, You Rock It . The Next Step Is Love é agraciada por vocalizações empolgadas de Elvis no final,muito mais naturais e dentro do cenário criado pela música do que na versão escolhida como master. O primeiro take do remake de Love Letters está incompleto enquanto A Hundred Years From Now aparece em sua íntegra em duas tentativas que mais tarde seriam unidos para montar o master contido na caixa Walk A Mile In My Shoes. Além dos outtakes, permeiam as faixas os já famosos diálogos e brincadeiras de Elvis com os músicos; parte quase tão essencial deste tipo de lançamento quanto a própria música. Como na maioria das vezes, dentro do estúdio Elvis mostra-se descontraído, relaxado e de bom humor, sem perder o profissionalismo.  O material resultante das sessões seria espalhado em três álbuns; Thats The Way It Is, Elvis Country e Love Letters. Desses, os dois primeiros alcançaram sucesso de público e crítica. Love Letters serviu apenas como um álbum de sobras, com as canções mais fracas agrupadas meio sem sentido num álbum que falhou em causar qualquer tipo de impressão positiva. Das canções oriundas da maratona de Junho, I´ve Lost e The Next Step Is Love venderam meio milhão de cópias, enquanto You Dont Have To Say You Love Me e Patch It Up venderam respeitáveis 800.000.  Entretanto, mesmo com o resultado positivo as gravações de Nashville não conseguiram replicar o mesmo sucesso obtido no American em 1969. Sob todos os aspectos, ficou faltando um grande "hit" como Suspicious Minds. É interessante notar porém, como Elvis estava tentando encontrar uma nova direção artística para sua carreira. O material gravado pode não ter o mesmo nível do pináculo alcançado apenas um ano antes, mas é sem sombra de dúvida, em sua maioria, de grande qualidade. Serve sobretudo como testemunho da grande diversidade artística que sempre caracterizou seu trabalho.

 

 

Conteúdo: 4,5/5

Som: 5/5

Arte do CD: 4/5
 

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That´s The Way It Is (Album Original) - Por Sergio Biston

Love Letters (Album Original)- Por Sergio Biston

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® Sergio Luiz Fiça Biston - Março de 2010

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