Royal Gambit In Richfield - Por Sergio Biston

Foi-se o tempo, para a nossa sorte, de gravações de platéia horrorosas onde tinha-se a impressão de que o concerto foi gravado do lado de fora da arena, por alguém que ficou sem ingresso. E a grande responsável por essa mudança foi a gravadora Straight Arrow. Dentre os seus vários lançamentos, 24 até o momento, Royal Gambit In Richfield, é talvez o melhor. Não só porque traz um bom show, mas também pela qualidade sonora espetacular. Gravado informalmente dentro de um estádio com 20.000 pessoas, o registro captura maravilhosamente toda a atmosfera do concerto.
A empolgação da platéia nunca atrapalha a audição do show, pelo contrário, complementa-o perfeitamente. E é justamente a interação do público com Elvis que faz dessa gravação de platéia superior as demais. Elvis e a banda por sua vez estão perfeitamente misturados no som. A voz de Elvis está limpa e clara, e até seus comentários são perfeitamente audíveis.
O show é acima da média, com um repertório um pouco mais longo e variado do que o costume. Tudo porque filas de carros indo em direção ao concerto pararam o trânsito na cidade, fazendo com que Elvis ficasse preso no engarrafamento criado pelo seu próprio show! Para compensar o atraso de 20 minutos, Presley extendeu um pouco mais a apresentação.
Como a maioria dos registros dessa turnê, Elvis está em boa forma e oferece sólidas versões de See See Rider, You Gave Me A Moutain e America. Elvis continua a promover o álbum Today, com duas canções do disco aparecendo no repertório nessa noite, Fairytale e And I Love You So. A primeira sofre com problemas na letra, enquanto a segunda ganha uma bonita e  sincera interpretação. Fever também ganha uma ótima versão e graças a ambientação calorosa da gravação é possível apreciar a interação de Elvis com a platéia nesse número.
Polk Salad Annie, um dos mais marcantes números de seu repertório traz uma surpreendente volta ao solo de baixo de Jerry Scheef. Tutt providencia soberbo trabalho na bateria. Tutt aliás faz seu trabalho com louvor no solo dado a ele na apresentação dos músicos.
Love Letters, com o destaque habitual de David Briggs, é outra boa performance da noite. Do disco From Elvis Presley Boulevard Elvis colheu Hurt ainda no começo do ano. A versão desse dia em Richfield fica na média.  No fim do show, dois grandes destaques: How Great Thou Art, cantada com o fervor necessário e com cada passagem cuidadosamente trabalhada, e um delicioso retorno às origens com uma rara e bem cantada Heartbreak Hotel.
Sinal de um Elvis empolgado, Cant Help Falling In Love termina o show com a nota final à toda força.
Como é de costume nos bootlegs de hoje, livreto e fotos raras do concerto fazem parte do pacote.
Recomendado para fãs de Elvis no palco que querem ouvi-lo de uma perspectiva diferente.

SHOW: 4/5
SOM:  
3,5/5
ARTE DO CD: 4,5/5

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Also Sprach Zarathustra
See See Rider
I Got A Woman/Amen
Love Me
Fairytale
You Gave Me A Mountain
Jailhouse Rock
All Shook Up
Teddy Bear/Don t Be Cruel
And I Love You So
Little Darlin  (intro only)
Fever
America The Beautiful
Polk Salad Annie
Band intro
Early Morning Rain
What d I Say
Johnny B. Goode
Drum solo
Bass solo
Piano solo
Keyboard solo
Love Letters
School Days
Hurt (w/reprise)
Hound Dog
Danny Boy (S. Nielsen)
Walk With Me (S. Nielsen)
Heartbreak Hotel
How Great Thou Art
Mystery Train/Tiger Man
Can t Help Falling In Love
Closing Vamp
Royal Gambit In Richfield
Gravado ao vivo - 23 de Outubro de 1976, Richfield, Oh

Elvis em Richfield - filmagem 8mm
® Sergio Luiz Fiça Biston, Julho de 2011



 



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