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Ernst Jorgensen, juntamente com Roger Semon é uma das figuras mais importantes mantendo o legado de Elvis Presley vivo. Ernst não é somente um dos responsáveis por lançamentos lendários como  "Platinum- A Life In Music", as caixas "The King Of Rock ´n´Roll - The Complete 50´s Masters", "From Nashville To Memphis - The Essential 60´s Masters"  e "Walk A Mile In My Shoes - The Essential 70´s  Masters" como também é a pessoa por tras de achados históricos de canções inéditas, jam sessions e outtakes nunca antes lançados. Ele é também o criador do selo FTD, outro projeto que só foi possivel graças ao seu amor e o de Roger Semon pela música de Elvis. O site Elvis Collectors Brasil apresenta com orgulho esse entrevista com Ernst Jorgensen, onde conversamos sobre a FTD e seus futuros projetos.

 

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® Piers Beagley. Photo Courtesy of Elvis Information Network

 

 

Elvis Collectors Brasil: Os lançamentos do início da década de noventa como as caixas de cinco CDs King Of Rock ´N´Roll, bem como as caixas dos anos 60 e 70 ajudaram a restabelecer a imagem de Elvis como uma força a ser reconhecida no campo da música. Todas foram sucesso de público e crítica e tornaram-se parte da reestruturação pela qual o catálogo passou, mostrando o seu trabalho de maneira muito mais favorável. Como você acha que o publico em geral e os críticos julgam seu trabalho hoje.

 Ernst Jorgensen: Acho que Elvis é no geral, reconhecido pelos seus verdadeiros feitos, ao contrário do ridículo ao qual ele era exposto quando começamos. Acho que os livros de Guralnick também ajudaram muito a mudar essa imagem.

 

 

ECB: Durante o final dos anos 80 e começo dos anos 90, fomos apresentados à fantástica série Essential Elvis, que nos apresentou material inédito a muito desejado. De alguma forma, a série Essential Elvis foi um “pré-conceito” do selo FTD?

 

EJ: Bem pensado – Não víamos a série dessa forma naquela época, mas quando as vendas da série começaram a cair, tivemos que achar uma outra maneira de lançar material raro.

 

 

ECB: O selo FTD é indiscutivelmente a melhor coisa que aconteceu aos fãs nas últimas décadas. Considero o selo um luxo que poucos artistas/gravadoras podem oferecer ao seu público. Você poderia nos dizer como tudo começou, onde o selo está agora e como você vê o seu futuro?

 EJ: Tudo começou em 1998, e levou muitos anos para que Roger e eu conseguíssemos o sinal verde da direção da BMG. Eu acho que o selo conseguiu seu próprio nicho de maneira sólida e espero que continuemos nesse caminho por muitos mais anos.

 

 

ECB: Qual o título de maior sucesso da FTD, em material de vendas?

EJ: Jungle Room Sessions (Para ler nossa resenha sobre esse lançamento, clique aqui).

 

 

 

 

ECB: O que aconteceu com o projeto do site da FTD?  

EJ: O problema é tempo. Tanto Roger quanto eu estamos imensamente ocupados, mas estamos trabalhando na idéia agora.   

 

 

ECB: Uma das possibilidades mais comentadas para o selo FTD é lançar material em DVD. Alguns projetos como os da Bud Glass Productions, que usa filmagem amadora de alta qualidade remasterizada, parecem ser bastantes populares com o público. Uma vez que a Sony/BMG possui os direitos sobre as músicas de Elvis, a possibilidade de sincronizar essas filmagens com o som original (quando disponível) poderia constituir um produto bastante interessante.

Ha também a possibilidade da FTD lançar o especial para a CBS Elvis In Concert, uma vez que o selo FTD seria perfeito para levar o material diretamente ao público interessado sem ter que passar pela mídia e todo o burburinho que a EPE quer evitar. Sabemos que trabalhar com filme é muito mais caro do que com áudio, mas existe alguma chance disso acontecer em no futuro?

EJ: Não temos direito autoral sobre qualquer material visual. Eles pertencem a EPE e aos vários proprietários desses filmes. Ficaríamos muito felizes em trabalhar nesses projetos, mas isso só irá acontecer se a EPE apoiar a idéia.  

 

 

 

ECB: Na minha opinião ( Nota:Sergio), um dos melhores lançamentos da FTD é o livro/CD Rocking Across Texas (Para ler nossa resenha sobre esse lançamento, clique aqui). Tamanha quantidade de fotos, informações e histórias fazem desse um lançamento essencial para os fãs. Existe algum plano de um projeto semelhante cobrindo o período das turnês na década de 70?  

 EJ: Existem alguns projetos em andamento, o primeiro é sobre o período SUN. Um projeto maior sobre os anos 70 está nos estágios iniciais de planejamento e definitivamente não estará pronto até o ano que vem.

 

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O livro/CD Rocking Across Texas

 

ECB: A série de álbuns clássicos parece ser um grande sucesso entre a comunidade. Um dos meus favoritos é o álbum Today. A única falha que vejo neste projeto é que contém material já lançado no 6363 Boulevard e deixou de lado o restante dos takes inéditos, sendo eles:

Green Green Grass Of Home take 4,

And I Love You So take 4,

Susan When She Tried takes 4 and 5

T-R-O-U-B-L-E takes 2 and 3.

 

Porque essa decisão de incluir takes já lançados no próprio selo e deixar de lado material inédito?

 EJ: A idéia da série clássica é combinar TODO o material já lançado e adicionar o que ha de melhor nos outtakes, não tudo. 

 

 

 

ECB: Quais serão os próximos álbuns da série clássica? Você poderia nos indicar pelo menos de qual período seriam?  

 EJ: Anunciaremos nos próximos dias.

 

 

ECB: Você disse certa vez em uma entrevista para o For Elvis CD Collectors Only, que futuramente a FTD lançaria uma caixa de CDs. Algo que possa comentar sobre o conteúdo desse projeto?

 EJ: Estamos trabalhando em várias idéias e uma caixa com os melhores bootlegs é uma das favoritas.

 

 

 

ECB: Um dos projetos mais aguardados pelos fãs é um CD contendo material das sessões de Nashville 1971. Alguma chance dele ser lançado em breve? (Douglas Hartung)

 EJ: Iremos lançar outtakes de Nashville 1971, mas não será um dos próximos lançamentos.

 

 

 

ECB: Outro projeto bastante aguardado inclui mais material das sessões Stax em 1973. Algo como uma seqüência para Rhtym & Country assim como Nashville Marathon é para Essential Vol 4. Há suficiente material para um projeto desse tipo?

 EJ: Lembrem-se que temos três álbuns clássicos para trabalharmos. E é assim que vamos lançar o restante desse material das sessões do Stax. 

 

 

 

ECB: Na minha opinião, a temporada de Agosto/Setembro de 1974 e Março/Abril de 1975 parecem ser pontos-chaves na carreira de       Elvis. Ele testou material mais contemporâneo nessas temporadas, no que pareceu uma tentativa de quebrar os moldes dos seus shows. Há alguma chance da FTD lançar mais material dessas temporadas, especialmente o Dinner Show do dia 20 de Agosto, quando Promised Land ainda estava no repertório? 

EJ: Podemos certamente lançar mais um CD da temporada de Agosto de 1974. Temos quase todos os shows. 1975 é um problema, a não ser que um novo tape apareça.  

 

 

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Its Midnight e Big Boss Man

 

 

ECB: Um dos objetivos do selo é representar cada temporada em Vegas e cada turnê com pelo menos um CD de cada. I Found My Thrill foi um dos lançamentos que preencheu uma lacuna, sendo o primeiro soundboard da temporada de Janeiro/Fevereiro de 1974. O mesmo vale para Taking Tahoe Tonight, o primeiro soundboard da temporada de 1973 em Tahoe. Com isso em mente, qual a situação das temporadas de Tahoe em 1971 e 1976, Vegas Agosto de 1975 e Dezembro de 1976 e a turnê de Julho de 1975?">(Para ler nossas resenhas sobre esses CDs, clique aqui).

 EJ: Vamos conseguir lançar todas elas, quando os tapes estiverem disponíveis. Entretanto, não temos tapes de Tahoe em 1971. 

 

 

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Taking Tahoe Tonight and I Found My Thrill

 

ECB: Jungle Room Sessions é um dos títulos de maior sucesso do selo e é certamente um dos mais importantes. Não apenas pudemos ouvir pela primeira vez takes inéditos dessa sessão, como também tivemos uma nova perspectiva de sua última sessão de gravação. Muitos fãs pedem um segundo volume, mesmo que canções como Way Down não possuam mais takes. Há alguma chance disso acontecer?

 EJ: Não há material inédito suficiente.  

 

 

 

ECB: E as gravações em micro-cassete de David Briggs? Se não me engano você as ouviu há alguns anos atrás. Nada de interessante nelas?

EJ:  Não acho que David Briggs nos forneceria essas gravações e pelo que eu ouvi, não há nada que nós precisássemos nesses tapes. Entretanto, eu ouvi apenas algumas partes.

 

 

 

ECB: Sabemos que a FTD ou a Sony/BMG irão lançar material do On Tour apenas quando a Warner decidir lançar o DVD do filme. Você acha que 2007 vai ser o ano este lançamento?

 EJ: Definitivamente não, mas lançamos bastante material do On Tour tanto na BMG quanto na FTD.

 

 

 

ECB: Há muitos rumores de tapes com ensaios da década de 70. Podemos contar com eles como fonte de possíveis canções inéditas?

 EJ: Acho que podemos ter sorte, mas não sabemos de nenhum tape em particular que pudéssemos ir atrás.

 

 

 

ECB: Fale um pouco mais sobre o próximo projeto SUN que você está trabalhando atualmente. Parece ser um trabalho de amor. Como será o livro, o que podemos esperar das fotos e dos CDs que o acompanham?

EJ: É uma idéia expandida do livro DAY BY DAY. O foco será em fotos, datas e histórias de pessoas que estiveram lá. Serão 3 CDs:

a) Os masters

b) Os outtakes

c) Ao vivo, radio e demos

 

 

 

ECB: Você acredita que ainda ouviremos alguma canção inédita do período SUN? Você ouviu algo recém descoberto deste período que ainda será lançado?  

EJ: Ficarei MUITO surpreso se qualquer gravação do período SUN aparecer. Eu ainda acredito, e espero, que mais gravações do programa Louisiana Hayride apareçam.  

 

 

 

ECB: Alguma boa notícia sobre concertos e tapes de sessão da década de 50? E as transmissões de rádio, poderiam servir como fonte de gravações inéditas desse período? 

 EJ: Nenhuma boa notícia, infelizmente.

 

 

ECB: Os tapes das sessões de Roustabout, Girls, Girls and Girls e Speedway continuam perdidos?

EJ: Sim

 

 

ECB: Há algum material em especial que você gostaria de lançar pelo selo FTD mas não teve a chance?

 EJ: Não ainda, mas estou sempre checando rumores sólidos.

 

 

 

ECB: O que podemos esperar para o próximo FTD que irá conter material de Vegas em 1972?  

 EJ: Aguardem o comunicado oficial em alguns dias. (Atualização: Chequem nossa seção notícias: 21/02/2007 para informações sobre este CD. Clique aqui). 

 

 

 

ECB: A FTD irá lançar mais concertos das temporadas de 1969 e Agosto de 1970? (Douglas Hartung)

 EJ: Definitivamente – Mas ainda é cedo para comentar. 

 

 

 

ECB: A FTD está lançando material de grande qualidade por quase uma década. Infelizmente todas as coisas boas um dia chegam ao fim e estamos chegando ao fundo no que se refere a material de estúdio. Com isso em mente, por quanto tempo você acredita que a FTD será capaz de oferecer material de qualidade? 

EJ:  Não vejo problemas em continuarmos ativos nos próximos cinco anos.  

 

 

 

ECB: Canções como Pieces Of My Life, Turn Around And Look At  Me, Young And Beautiful, You Can Have Her, Shake A Hand, When The Snow Is On The Roses, I John  entre outras. Alguma dessas canções foi gravada em soundboard?

EJ: Infelizmente não, mas continuamos procurando.

 

 

 

ECB: Muitos concertos do período  That’s The Way It são completamente obscuros para os fãs. Não possuímos nenhuma informação sobre tracklistings mas muitas pessoas lembram-se de Elvis cantando Mary In The Morning e Tomorrow Never Comes. Faz sentido, uma vez que Elvis ensaiou essas canções durante a temporada de Agosto 1970. Você pode comentar algo sobre isso?

 EJ: Nada nos tapes da RCA

 

 

ECB: Muitas vezes, após o lançamento de um novo CD, lê-mos muitas reclamações, especialmente em fóruns de mensagens. Muitas vezes essas reclamações são injustificadas, uma vez que nada pode ser feito para mudar a maneira a qual Elvis se apresentou ou como esses shows foram gravados. Como você lida com esse tipo de crítica?

 EJ: Nós lê-mos essas reclamações. As vezes sentimos que é injusto e as vezes gostaríamos de ter feito um trabalho melhor. Mas temos compromissos a cumprir.   

 

 

ECB: Durante décadas, muitas gravações ao vivo surpreenderam os fãs. Danny Boy no CD Tucson da FTD e Where No One Stands Alone que apareceu em bootlegs na década de noventa são exemplo disso. Você acha que ainda seremos surpreendidos com alguma nova canção cantada ao vivo, da qual não sabemos da existência? 

 EJ: Não tenho conhecimento de nenhuma no momento.

  

 

 

 

ECB: Você tem procurado em todos os cantos por qualquer coisa inédita de Elvis já a alguns anos. Quais são os achados que mais lhe deram orgulho e qual o mais difícil de obter?   

EJ: Acho que o que mais me deixou orgulhoso foi ter encontrado todos os tapes que foram roubados da RCA. Foram dez anos para conseguir organizar tudo.

 

 

 

ECB: Elvis não está mais conosco por quase trinta anos agora e é realmente engraçado como o tempo passa. Entretanto, se levarmos em consideração a imensa quantidade de material inédito que foi lançado desde sua morte, não há como não se impressionar. Você acha que ainda podemos nos surpreender com material inédito no futuro?

EJ: Tenho que acreditar que sim, pois é daí que vem a motivação. Afinal, sou também um colecionador como todos vocês.

 

 

 

ECB: Você comentou em uma outra entrevista que colecionadores tem material que nos deixaria de queixo caído. Você poderia comentar um pouco mais sobre esse assunto? Que tipo de material esses colecionadores possuem?

EJ: Basicamente são fotos e filmagens. Espero que esses colecionadores decidam compartilhar suas preciosidades. 

 

 

 

ECB: 2007 estará marcando o aniversário de 30 anos da morte de Elvis. A FTD ou a SONY/BMG tem algo especial planejado para essa data?

EJ: A Sony/BMG prefere fazer os anúncios de seus projetos ela própria.

 

 

 

ECB: Há algum plano de melhor a qualidade sonora – Talvez em SACD- dos álbuns originais de catálogo como From Elvis In Memphis, Elvis That's The Way It Is, Elvis Country, Madison Square Garden, An Afternoon In The Garden, Aloha From Hawaii, entre outros? (Douglas Hartung)

EJ: Estamos sempre tentando melhorar a qualidade sonora mas acho que ninguém mais apóia o formato SACD.

 

 

 

 

ECB: Você esteve em um show de Elvis em 1976, conte-nos um pouco sobre sua experiência.

EJ: Estava completamente empolgado, mas tínhamos lugares ruins e o show não foi o melhor de Elvis. Mas eu conheci Felton Jarvis e isso me impactou muito. Ele era uma pessoa muito bacana.

 

 

 

ECB: Como produtor musical, para que tipo de direção você tentaria levar Elvis, se estivesse no comando da sessão que nunca aconteceu em 1977?  

EJ: Não sei mais...Naquela época, tenho certeza que gostaria que ele gravasse algo de R&B e Rock ´n ´Roll.

 

 

 

ECB: Para terminar essa entrevista, há algo que você pudesse dizer com exclusividade para o público do Brasil sobre algum projeto futuro da FTD ou da SONY/BMG?

 

EJ: Infelizmente não estou numa posição que me permita isso, mas vocês terão noticias de três novos FTD nos próximos dias. (Atualização: Chequem nossa seção News 21/02/2007,sobre o lançamento de Live In L.A-1974 clique aqui).

 

 

Gostaríamos de agradecer Ernst pelo tempo dedicado a nossas perguntas e também pelos fantásticos lançamentos ao longo dos anos, bem como pelo selo FTD e todo o time por detrás desses lançamentos. Nós, como fãs, somos realmente gratos.

 

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