Dallas Seventyfive: Uncensored - Por Sergio Biston

Em 1980 Joan Deary, a produtora da RCA, compilou um dos mais fenomenais lançamentos póstumos de Elvis. Uma caixa luxuosa de cinco discos com material de estúdio e gravações ao vivo inéditas. Foi nessa caixa que a RCA lançou a primeira gravação informal de um show de Elvis. Foi também a última. Curiosamente, entre as opções Joan chegou a considerar o show de Elvis em Tucson em 1976. Foi esse mesmo show que a FTD escolheu para ser o primeiro soundboard do selo e o primeiro soundboard oficial em 20 anos. Mas a decisão final de Joan foi por um show de Elvis em Dallas em 6 de Junho de 1975. Na ocasião decidiu-se completar as faixas faltantes ( Also Sprach Zarathustra, See See Rider e I Got A Woman) com performances de outros shows. Além disso, as faixas T-R-O-U-B-L-E  e Why Me Lord? foram substituídas por versões gravadas nos dias 5 e 9 de Junho, já que Deary considerou-as inadequadas para o lançamento. T-RO-U-B-L-E foi cortada por causa de um trocadilho com a palavra "bunda". Elvis, 19 anos depois de Ed Sullivan, ainda censurado!
 
® Sergio Luiz Fiça Biston, Abril de 2012



 



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Dallas Seventyfive - Uncensored
(Lonestar)

I Got A Woman/Amen (incompleto)
Love Me
If You Love Me
Love Me Tender
All Shook Up
Teddy Bear/Don't Be Cruel
Hound Dog
The Wonder Of You /Burning Love
Band introduction (incompleto)
T-R-O-U-B-L-E
Why Me Lord
How Great Thou Art
Let Me Be There
American Trilogy
Funny How Time Slips Away
Little Darlin'
Mystery Train/Tiger Man
Can't Help Falling In Love
Closing Vamp
Elvis Has Left The Building


ARTE DO CD: 2/5
SHOW: 4/5
SOM: 4,5/5
Elvis em Dallas, 6 de JUnho de 1975
Coube a Lonestar, vinte e um anos depois, finalmente apresentar aos fãs o show tal como ele foi registrado e com uma qualidade sonora muito superior. A produção do CD, entretanto, é tosca. A capa traz fotos de Elvis na turnê de Julho, com fotos dos anos 50 dentro. Burning Love não aparece na listagem de músicas no verso do CD mas está na mesma faixa de The Wonder Of You. No disco ela começa, para, e volta a começar. Como se não bastasse, no próprio CD o nome do disco está impresso incorretamente.

Erros à parte, o concerto é excelente. Uma performance energizada de Elvis, cheia de bom humor e da histeria de seus fãs.
Love Me é a primeira canção de Dallas na fita, já que I Got A Woman/Amen ( ou mais precisamente, o final dela) provém de outra fonte. Ha no disco excelentes performances de If You Love Me, Let Me Know, Let Me Be There e Burning Love. Ha também uma fabulosa Mistery Train/Tiger Man com um Elvis empolgadíssimo e com a banda a todo vapor.

A interação com a platéia é o ponto alto desta apresentação, ainda que por vezes atrapalhe na execução de algumas músicas. Foi no Texas que Elvis começou a causar comoção e foi lá também que encontrou seus fãs mais devotados. Não é de se admirar portanto, que a platéia esteja tão animada, o que impulsiona Elvis ainda mais. O show ainda traz uma versão de Little Darlin mais completa do que o costume, com Elvis cantando corretamente praticamente toda a letra.

Nota: Desde o lançamento do show na caixa Elvis Aaron Presley, na década de 80, atribuiu-se as 4 faixas finais ao show de Shrevport no dia 7 de Junho. Entretanto essa informação é incorreta, muito provavelmente oriunda de um erro de Joan Deary na compilação do disco. As quatro faixas finais são realmente de Dallas no dia 6 de Junho. Esta versão da LOnestar é portanto o registro mais completo do show, começando em Love Me e terminando com o anúncio final da saída de Elvis do palco.
Lê-se: The Eyes Of Texas Are Upon You, título de outro CD da gravadora!
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