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2001: A space oddyssey
That's all right
You don't have to say you love me
Love me tender
There goes my everything
Sweet Caroline
You've lost that lovin' feelin'
Polk salad annie
Only believe
How great thou art
Introductions
Johnny b. goode
The wonder of you
Something
Make the world go away
Love me
One night
Blue suede shoes
Hound dog
Mystery train/tiger man
Love me tender
Can't help falling in love
 
Soundboad do show de 27 de Janeiro de 1971, Las Vegas, midnight show + 3 bônus do dia 26 de Janeiro, Opening Night

 

All Things Are Possible - Por Sergio Luiz

 

A quarta temporada de Elvis Presley no International, marca precisamente o momento em que o cantor começava a demonstrar os primeiros sinais de irritação com o esquema repetitivo dos concertos em Las Vegas. Todos os registros dessa temporada mostram shows curtos, com um Elvis apressado para encerrar-los e que por vezes esculhamba as canções com piadas e trocadilhos. Mesmo assim, os concertos dessa temporada mostram um performer dinâmico no palco, e que quando decide fazer jus a lenda, mostra ser merecedor do título de campeão de Vegas.

All Things Are Possible não foge a essa regra e assim como os demais CDs dessa temporada, apresenta altos e baixos e algumas surpresas agradáveis.

Numa comparação direta com seus concorrentes, e levando em consideração o nível de performance, repertório e qualidade sonora ;All Things Are Possible fica com o segundo lugar, perdendo apenas para  Lean, Mean And Kicking Butt.”

Esta temporada marca também, a estréia de “Also Sprach Zaratustra” como tema de abertura dos shows de Elvis. A escolha provou-se muito afortunada e seu impacto na platéia e na crítica especializada foi incontestável:

 

LAS VEGAS SUN.
31 De Janeiro de 1971


A abertura do show de Elvis terça feira passada, provou ser uma performance difícil de ser superada…Baseada em “2001 Uma Odisséia No Espaço” e repleta de instrumentos de percursão, o efeito especial só precisava que o teto do showroom se abrisse e uma voz gutural dissesse “Meu Outro Filho, Elvis!”

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Elvis recebe um presente de um fã, durante a performance do dia 27.

 

See See Rider ainda não se tornara o número de abertura, honraria dada a That´s All Right. Embora a primeira seja um número mais impactante, seu primeiro sucesso se sai muito bem e temos uma excelente versão essa noite. Logo após o número inicial, Elvis passa rapidamente para o clássico de 1970 “You Dont Have To Say You Love Me”, numa boa versão que nada fica a dever à suas versões anteriores.

Love Me Tender ainda é executada com algum carinho por Elvis, mesmo que ela já faça parte da rotina de beijos nas garotas da primeira fila.

Elvis promove o novo álbum, Elvis Country, com duas performances extraídas do disco. A primeira é There Goes My Everything, que tinha tudo para ser uma excelente versão, mas Elvis a estraga com alguns comentários direcionados a banda. O mesmo acontece com The Wonder Of You, um de seus maiores clássicos que é simplesmente assassinada.  Prova cabal de sua atitude “vamos terminar logo com isso e fazer uma festa na minha suite”, Elvis atravessa a introdução orquestrada e encurta a canção em um verso.

Sweet Caroline, mais uma canção resgatada da temporada passada, ganha aqui mais uma ótima versão, assim como You´ve Lost That Loving Feeling.

Polk Salad Annie  ganha nova roupagem, agora sem a introdução recitada  e mais acelerada. Excelente versão que conta com um final inesperado, graças a Jerry Scheff e as Sweet Inspirations ( Got Cat Get It, Get It!).“Se você tiver problemas de peso, recomendo fazer isso pela manhã”, emenda um Elvis ofegante, antes de iniciar a grande surpresa da noite, Only Believe. Faixa gospel menor de um álbum igualmente menor de sua discografia, a canção ganha aqui sua única versão ao vivo. Boa performance, ainda mais quando comparada com How Great Thou Art que é simplesmente destroçada por interrupções, piadinhas e trocadilhos. A segunda gospel da noite é a mais frustrante, já que se trata da segunda versão ao vivo e cujo os arranjos são muito similares a versão de estúdio. Com os Imperials fazendo vocalizações diferentes das feitas pelos Stamps mais tarde, e Elvis a cantando com mais delicadeza, sua atitude transforma uma potencial excelente versão numa decepção.

Em contrapartida, Make The World Go  Away, a segunda do álbum Country, é executada com a atenção e o zelo necessários, resultando em uma excelente performance. O mesmo vale para Something, que coloca a versão do “Aloha” para dormir.

Seguindo o clássico de George Harrinson, James Burton, Elvis e Tutt põe fogo no showroom com uma explosiva versão de “Johnny B.

Já no segmento “revival” do show, merecem destaque “Love Me*”, em uma de suas últimas aparições decentes antes de ser lentamente assassinada ao longo do anos e One Night, numa versão inspirada, mesmo que não imune aos risos de Elvis. Já Blue Sued Shoes e Hound Dog são apenas “bagunça” para divertir o público. Hound Dog marca o final do tape, que deve estar completo em sua versão original em reel to reel.

Para arrendondar o CD, a DAE inseriu Mistery Train/Tiger Man, Love Me Tender e Cant Help Falling In Love ( dedicada a Hall Wallis, diretor de Blue Hawaii) do show de abertura.

Infelizmente com o tape acabando antes do termino do show, fica de fora a melhor adição no repertório dessa temporada, The Impossible Dream. Mesmo assim, All Things Are Possible retrata um bom momento de Elvis no palco do Internacional, nesta temporada que encontrou um Elvis batendo de frente com a monotonia dos concertos duplos de Vegas, certamente mais do que nunca incomodado com o som de talheres e copos de champagne da platéia.

 

 

Som: 3,8/5

Performance: 4/5

 

 

* Em Love Me, uma curiosidade: Aumentando o volume, é possível ouvir Elvis e a banda executando “You ´ve Lost That Loving Feeling” ao fundo. Muito provavelmente, a fita cassete usada para gravar o show, havia sido usada para registrar o show anterior e de alguma forma, a gravação anterior não foi totalmente apagada.

 

Leia Também:

Lean Mean And Kicking Butt- Por Sergio Luiz

The Impossible Dream – Por Luiz Henrique

 

 

® 2007 Sergio Luiz Fiça Biston, Julho de 2007

 

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