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   Show gravado em Las 
Vegas 28 de Janeiro de 1971    
Lean Mean And Kickin´ Butt - Por Sergio Luiz
Lançado em 1996, Lean, Mean & 
Kickin´Butt marcou o início da era gloriosa dos bootlegs e da Fort Baxter. 
Capturando uma performance eletrizante da 4ª temporada de Presley 
O ano de 1971 começou 
positivamente para Elvis com sua nomeação para o prêmio dos 10 Homens De Maior 
Destaque Da América. O cantor esteve presente na cerimônia, num dos raros 
momentos em que aparecia em eventos públicos, onde proferiu o famoso 
discurso  “Quando eu era uma 
criança, Senhoras e Senhores, eu era um sonhador...”
Foi neste clima positivo que Elvis 
voou para Las Vegas, onde ensaiaria por dois dias seu novo show na cidade das 
luzes.
A mais notável adição ao 
repertório, entretanto, foi a inclusão do tema do filme 2001 – Uma Odisséia No 
Espaço, que agora passaria a fazer parte da abertura de todos os seus shows. Uma 
escolha perfeita que tornar se ia sua marca registrada. A sensação criada pelos 
acordes onipotentes no showroom totalmente escuro, seria mencionada em todos os 
jornais da época.
O setlist em si não apresentou 
muitas mudanças, com a inclusão de poucas canções novas. As estréias mais 
notáveis foram Help Me Make Thru The Night e a nova canção de encerramento, The 
Impossible Dream. 
A temporada deu-se início no dia 
26 de Janeiro e a Fort Baxter nos apresenta o show do dia 28. Trata-se de uma 
performance explosiva, com um Elvis revigorante, animado no palco, fazendo o que 
só ele sabia fazer tão bem feito. É um Elvis vital, cheio de energia e fazendo 
jus ao título de Rei do Rock em interpretações matadoras de I Got A Woman,  Johnny B. Good e Suspicious 
Minds.
O show abre com uma ótima Thats 
All Right e passa sem perder o ritmo para I Got A Woman, que ainda conserva sua 
força. É uma versão Rock´n´Roll, direta ao ponto, sem as enrolações de 1976. Já 
Love Me Tender segue a tradição: beijos nas garotas da primeira fila, bagunça 
com os fãs e pouca concentração na canção 
inspiradas da bateria de Tutt.
      



Elvis No Palco Do International em Janeiro de 1971
A atmosfera do showroom toma um 
tom mais sóbrio com os primeiros acordes de You´ve Lost That Loving Feeling. Uma 
versão matadora do ponto de vista vocal, mas que peca por ter sido 
encurtada justamente numa das partes mais cativantes da canção, o break “ 
Baby, baby, I get on my knees for 
you...”
O baixo de Scheff mais uma vez 
toca o bonde com Polk Salad Annie. A canção agora não contava mais com a 
introdução falada das versões de 1970 e estava muito mais acelerada que o 
costume, transformando-a 
Elvis aproveita para recuperar o 
fôlego apresentando a banda e os vocalistas. James é requisitado para tocar 
Johnny B. Good, e mais uma versão matadora deste clássico de Berry é registrada 
para a posteridade. Elvis erra a letra no começo, mas com uma performace tão 
empolgante quem se importa? Mais uma vez James brilha em seu 
solo.
Uma boa versão da balada Something 
de George Harrison precede a bonita Wonder Of You, que a exemplo de You´ve Lost 
That Loving Felling é também encurtada pelo cantor. Uma pena, pois Elvis faz uma 
bonita vocalização no solo instrumental. Após Something Presley menciona o belo 
trabalho vocal da soprano Katy Westmoreland, cuja participação na canção é 
soberba, quase confundida com um violino.
Próximo ao fim do espetáculo, 
Elvis decide interpretar alguns de seus antigos sucessos. Diferente dos anos que 
se seguirão, aqui ele ainda se esforça em suas interpretações e o resultado é 
muito agradável,especialmente 
Quer saber quem foi o culpado 
pelas inúmeras versões medíocres que ouvimos de Teddy Bear em todos os anos de 
concerto? Bem, aqui está ele. Alguém na platéia pede por Teddy Bear e Elvis 
procura atender ao pedido, mesmo sem saber a letra, fazendo uma agradável, porém 
desconjuntada versão. Teddy Bear seria re-incluída como Medley no repertório em 
metades de 1971 e cresceria como uma praga  
através dos anos, com versões cada vez menos inspiradas. Nesta versão, 
destaque para o backing  eficiente 
dos Imperials.  
Suspicious Minds recebe o 
tratamento costumeiro das versões de 1971, garantindo uma performance energética 
com muitos golpes de karatê ao final. Tudo ritmicamente acompanhado por Ronnie 
Tutt.
The Impossible Dream fecha o 
espetáculo de maneira triunfante. Esta versão ainda carece da competência das 
versões de 1972, mas Elvis compensa com um final magistral, segurando a 
duríssima última nota longamente e suplantando inclusive os vocais de 
apoio.  
No geral, um show fantástico, com 
atmosfera eletrizante e um Elvis comprometido em dar seu melhor. O repertório 
poderia incluir mais canções novas e ter a duração um pouco mais longa, mas 
esses são fatores menores perante o brilho deste concerto.
P.S: Vale nota o esforço artístico 
da Fort Baxter, ao apresentar o CD num bonito digipack em formato de livreto com 
fotos e memorabilia da temporada, reproduzindo inclusive, a caixa original do 
soundboard.

Show 
4,7/5
Som: 
4/5
Arte: 
4,5/5
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