Os Estados Unidos se preparam para celebrar em 2010 --e em grande estilo-- o que seria o 75º aniversário de Elvis Presley, que três décadas após sua morte ainda arrasta uma legião de fãs no mundo inteiro. A música de Elvis Aaron Presley (1935-1977), que em 8 de janeiro completaria 75 anos, será previsivelmente um dos destaques de 2010 e ajudará a reviver a "febre Elvis" entre os amantes do rock.
"A popularidade de seus álbuns cresce a cada ano com a aparição de novos fãs no mundo todo e esperamos que, graças ao 75º aniversário, esse amor siga crescendo", afirmou à Agência Efe um porta-voz da Sony, que em 2010 editará de novo, sob o selo RCA, todos os discos do rei do rock. Responsáveis pela empresa acreditam que Elvis continua sendo uma mina de ouro que não para de oferecer bons resultados e o público continua comprando e baixando seus clássicos.
A realização do 75º aniversário do rei do rock terá seu ponto máximo entre os dias 7 e 10 de janeiro, quando Graceland, a conhecida casa de Elvis em Memphis, será palco de uma grande festa organizada pela filha e a viúva do cantor, Lisa Marie e Priscilla, que esperam reunir milhares de fãs para concertos, exposições e competições de dança.
A festa de aniversário também seguirá para Las Vegas, lugar onde Elvis passou seus anos mais sombrios. Nesse local, a companhia canadense Cirque du Soleil preparou o "Viva Elvis", um espetáculo que mistura as tradicionais acrobacias à música do artista.
"Elvis Presley continua sendo único, já que personifica todas as contradições, todas as anomalias e toda a beleza que sua música conseguiu", acrescentam os responsáveis da Sony, que viu o recente lançamento de uma caixa de luxo com cem músicas --algumas inéditas-- se transformar em um sucesso de vendas.
A caixa "Elvis 75: Good Rockin' Tonight" refaz a carreira musical do artista desde o início menos conhecido, como "My Happiness", até a faceta musical mais introspectiva nos anos 70, mas sobretudo "faz justiça" com uma figura que nem sempre foi valorizada. Assim pensa o crítico musical e especialista em Elvis, Billy Altman, encarregado de escrever um ensaio biográfico incluído na caixa de recopilação.
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Elvis tinha tudo: era um artista atraente e que oferecia uma boa música, que não recebeu o reconhecimento merecido", disse Altman após destacar "a incomparável mistura de estilos musicais, como o gospel, o pop e a música negra, que Presley foi capaz de unir".
Para o especialista, "há muitas pessoas que só o observam como um mito, congelado no tempo, mas ele foi o responsável por legitimar o rock and roll como o conhecemos hoje e de apagar sem preconceitos as linhas que separam os diferentes estilos musicais".
"Poderíamos dizer que Elvis foi em parte responsável pela democratização da música e inclusive do negócio musical, porque ele saiu de uma família humilde e de um lugar, no sul dos Estados Unidos, onde não nasciam estrelas", afirmou Altman, para o qual Presley personificou "mensagens de esperança, liberdade e oportunidade".
Só dessa maneira se entende, segundo o crítico, a especial conexão de Elvis com o grande público nos Estados Unidos, "já que não o cantor é a única grande estrela do rock de seu tempo que não era autor de suas músicas e foi um artista que jamais fez turnês".
FONTE UOL