Numa segunda-feira qualquer, Jacó conversa com os filhos:
- Isaac já fez?
- Sim, babai Jacó.
- Jacob já fez?
- Sim, babai Jacó.
- Sarah já fez?
- Sim, babai Jacó.
- Raquel já fez?
- Sim, babai Jacó.
- Então bode dar a descarga...
Na terça-feira, Jacó chama Issac:
- Isaquinho, vai pegar martelo na casa de Abraão.
- Abraão não está, babai.
- Pega martelo na casa de Jacó.
- Jacó emprestou martelo pra Levi.
- Então vai pegar martelo com Levi.
- Levi foi viajar.
- Então pega nossa martelo mesmo!
Cansado da bagunça em casa, Jacó resolveu na quarta-feira ir à zona. Escolheu uma menina bem bonita e foi logo perguntando:
- Quanto é bograma?
- 50 reais - responde ela.
- E com sadomasoquismo?
- É para você me bater ou apanhar?
- Para eu te bater!
- E você bate muito?
- Não, só até você devolver dinheiro!
Quinta-feira, Jacó, que era judeu convertido, vai se confessar na igreja do bairro:
- Padre, há 20 anos eu abrigou uma refugiado da guerra. Qual o meu pecado?
- Meu filho, nisso não há pecado, você fez uma caridade!
- Mas, padre, eu cobrar aluguel dele.
- Tem razão, meu filho, isso é pecado! Reze 3 Ave-Marias e um Pai-Nosso...
- Só mais um pergunta, padre! Devo falar pro ela que o guerra acabou?
Sexta-feira Jacó recebe uma triste notícia e decide colocar um anúncio no jornal. Liga para o jornal e conversa com o atendente:
- Gostaria de colocar um nota fúnebre do morte de meu esposa, diz ao atendente.
- Pois não, quais são os dizeres?
- "Sarah morreu."
- Só isso? espanta-se o rapaz.
- Sim, Jacó não quer gastar muito.
- Mas o preço mínimo permite até 5 palavras..
- Então coloca: "Sarah morreu. Vendo Monza 94."
Depois do enterro da esposa Sarah, para distrair o filho mais novo, Jacó levou o Jacozinho, de 6 anos, a um parque de diversões. Dentre as atrações existia uma que chamou em especial a atenção do garoto: 'Vôo panorâmico de helicóptero'.
- Quero levar minha filhinho pra passear, disse Jacó ao piloto.
- São 200 reais, foi a resposta.
Lógico que Jacó não aceitou e como o garoto começou a chorar o piloto propôs uma solução:
- Eu levo você e seu filho. Se você não gritar durante o passeio eu não cobro nada.
E assim foi. Durante o vôo o piloto deu rasantes, piruetas, desceu e subiu bruscamente e Jacó, com os olhos arregalados, permaneceu mudo como uma rocha.
Quando a nave pousou, o piloto perguntou a Jacó:
- Em nenhum momento você deu um pio sequer... não sentiu medo e vontade de gritar?
- Eu sentiu muito medo e quase gritou, principalmente quando a Jacozinho caiu.
No sábado, Jacó tem infarte e leito de morte chama seu filho Issac:
- Filho, baba vai morrer mas precisa conversar com você. Este relógio de ouro foi do pai, do pai do pai de baba e agora baba pergunta a você: Quer comprar?
Algumas horas depois, ainda no sábado, no leito de morte, Jacó chama os seus filhos:
- Sarah?... Estou aqui papa
- Jacob?... Aqui, papa, aqui
- Raquel?... Ai, papa, estou aqui
- Isaac?... Papa, estamos todos aqui.
- Filhos do puta... quem ficou tomando conta do lojinha?
Domingo pela manhã Jacó ainda está no seu leito de morte...
- Filha, papa está sentindo cheiro de bolo de chocolate... pede para a titia me trazer um pedaça de bolo.
- Não dá, papa. Titia disse que é só para a hora de velório.
Na tarde de domingo Jacó morre. Finalmente, hora do enterro, a família coloca a lápide no túmulo de Jacó:
“Aqui jaz Jacó Abriminov, mas seus filhos continuam atendendo na Rua José Paulino 127, de segunda a sábado até as 18 horas”