FORUM ELVIS COLLECTORS BRASIL

Ótima analise e texto tanto do Sérgio,como do Wagner

Só corrigindo que a Diamond lançou seis shows e o ensaio de 74.

Eu me lembro que por volta de 1999,eu recebi todo o catálogo de Bootlegs do Elvis de um revendedor,repertório e raridades do período,era imenso de grosso,quando o cara do correio jogou a pacote em casa fez um barulho estrondoso,foi uma revolução.O primeiro que eu encomendei foi o Burning in Birmingham.

O show em Birmingham pra mim foi o segundo melhor em 76 depois de Pisttburgh.

Verdade!O show de Pisttburgh já era o mais badalado nessa época,mas era duplo,pesava em meu orçamento!
Até a forma como o Elvis toca o violão em Reconsider Baby é diferente,se arriscando mais que o normal.
Quando eu comprei os do In Concert em VHS,acabei ganhando de brinde as filmagens de Cincinnati 76,e também do show em Pisttburgh.
Dois Elvis completamente diferentes no mesmo ano!

Eu estive curtindo a série Unedited Masters, da Venus. Que série fantástica. Mas me chamou a atenção algumas versões que eu não tinha prestado a atenção, principalmente no Volume 5, Nashville Revisited.

Por exemplo:

- Separate Ways, versão orquestrada, está no Volume 5, é uma versão com arranjos adicionais providenciados pelo Felton, mas acho que Elvis não gostou e pediu para tirar. O mesmo Elvis fez com Always On My Mind, a versão orquestrada lançada em 1985, na verdade era a versão original de 1972 !.

Sempre achei canção Separate Ways um pouco chatinha, mas com os arranjos ela ficou muito boa.

- Rags To Riches - take 3, outro destaque desse CD, ele está com os arranjos finais do master e é bom provável que seja um master alternativo, detalhe para o "falsete" do Elvis que foi eliminado no final.

Enfim, pelo que pude pesquisar boa parte das canções de 1972 tiveram arranjos adicionais em 1972, mas Elvis optou por eliminar os arranjos. Uma pena.

Gosto muito dessa série, e o meu volume favorito é o Volume 1 !!

Quem coleciona os registros ao vivo de Elvis sabe o quão frustrante esse nicho pode ser. Muitas vezes um show excelente só está disponível com qualidade sonora sofrível, enquanto shows sofríveis estão disponíveis em qualidade excelente.
Por isso é tão satisfatório quando as duas coisas se casam, como é o caso deste FTD. E aqui podemos dizer que temos uma trinca perfeita: som, show e direção de arte.
Me refiro ao show de Tulsa do CD 1 que abriu a turnê de Março de 1974, uma das melhores turnês de Elvis.
Quem ouve com atenção percebe que tanto Elvis quanto a banda estão em ótimo forma, coisa que não vai acontecer mais com a mesma intensidade daqui pra adiante. Reparem por exemplo nos vários solos de guitarra de James em Let Me be There e na bateria de Ronnie em Johnny B Goode. ( Johnny B, alías, deve ser a melhor versão pós 1971)
O repertório da primeira parte de 1974 conta com quatro novas adições, a maioria tocada num tempo mais lento do que o costume. Curiosamente Elvis decidiu promover o lado B do seu futuro compacto ao invés do lado A (If You Talk In Your Sleep/Help Me) e mesmo depois que o lado A emplacou um top 20 Elvis seguiu cantando o lado B até seus últimos shows. Estranhamente também, Elvis deixou para escanteio Burning Love depois da transmissão do Aloha. Seria natural que depois de emplacar um top 3 com ela no final de 1972 ele a colocasse em definitivo no repertório.
Em suma, esse é na minh opinião um dos melhores FTDs ao vivo. Junto com 48 hours to Memphis, Dixieland Rocks, Hometown Shows e All Shook Up.

One Night in Vegas 70 também.

One Night in Vegas,caberia até relançamento com uma melhoria na qualidade sonora se possível,não que o som seja ruim,mas o The Wonder Of You em termos sonoros é superior,os detalhes(percussão,os sinos,os metais e as cordas etc...)estão muito mais audíveis.

Eu adorei o show em Tulsa,na época do seu lançamento.Essa turnê,embora o repertório seja diferente,tem aquela energia contagiante dos shows de 72,que nem sempre ocorreram nos shows de 73.Vocalmente o Elvis está muito bem,e para quem enxerga um Elvis depressivo e romântico demais em meados da década de 70,vai perceber que isso é mais um mito infundado,pelo menos nesse período.
É acima de tudo um concerto de Rock,feito por um Rockeiro diferenciado e nessa época,muito acima da média como cantor.
Esse show tem uma dinâmica legal,como já disse o Sérgio, James Burton está muito inspirado e a qualidade da mixagem da ênfase nisso,um grande acerto.American Trilogy é especialmente bem cantada pelo Elvis,usando ótimas técnicas de vibratos e colocando sua voz de maneira soberba.

Infelizmente sold out é uma dessas pedras da coroa que ainda não tenho. Com essa crise ficou mais difícil mas não perco a esperança logo irei adquirir essa preciosidade.