Quem coleciona os registros ao vivo de Elvis sabe o quão frustrante esse nicho pode ser. Muitas vezes um show excelente só está disponível com qualidade sonora sofrível, enquanto shows sofríveis estão disponíveis em qualidade excelente.
Por isso é tão satisfatório quando as duas coisas se casam, como é o caso deste FTD. E aqui podemos dizer que temos uma trinca perfeita: som, show e direção de arte.
Me refiro ao show de Tulsa do CD 1 que abriu a turnê de Março de 1974, uma das melhores turnês de Elvis.
Quem ouve com atenção percebe que tanto Elvis quanto a banda estão em ótimo forma, coisa que não vai acontecer mais com a mesma intensidade daqui pra adiante. Reparem por exemplo nos vários solos de guitarra de James em Let Me be There e na bateria de Ronnie em Johnny B Goode. ( Johnny B, alías, deve ser a melhor versão pós 1971)
O repertório da primeira parte de 1974 conta com quatro novas adições, a maioria tocada num tempo mais lento do que o costume. Curiosamente Elvis decidiu promover o lado B do seu futuro compacto ao invés do lado A (If You Talk In Your Sleep/Help Me) e mesmo depois que o lado A emplacou um top 20 Elvis seguiu cantando o lado B até seus últimos shows. Estranhamente também, Elvis deixou para escanteio Burning Love depois da transmissão do Aloha. Seria natural que depois de emplacar um top 3 com ela no final de 1972 ele a colocasse em definitivo no repertório.
Em suma, esse é na minh opinião um dos melhores FTDs ao vivo. Junto com 48 hours to Memphis, Dixieland Rocks, Hometown Shows e All Shook Up.