YOUNG MAN WITH THE BIG BEAT: CD 3 - Por Sergio Biston
Não ha sombra de dúvidas da importância comercial de Young Man With The Big Beat para a música de Elvis Presley. É através de lançamentos como esse que seu legado artístico é perpetuado e alcança novas gerações.
Mas para aqueles que tem Elvis como hobby a muitos anos, não é segredo que a grande atração de Young Man são as dez faixas finais do disco 3. Simplesmente porque elas trazem algo muito incomum: Um show inédito de Elvis na década de 50. Gravações como essas são extremamente raras, daí a importânica histórica desse registro.
Diferente dos shows da década de 70, os shows em 1956 eram curtos, com cerca de dez ou onze músicas e por vezes, como no caso dos shows do Hayride, eram transmitidos nas rádios locais. Algumas dessas rádios gravavam as transmissões em frágeis discos chamados de acetato. Acetatos são, por definição, métodos precários de gravação e a cada vez que são usados, sofrem um desgaste da camada onde o registro do som é feito. Após serem utilizados muitas vezes, o som começa a perder fidelidade, e chiados começam a dominar a gravação. Dado a sua fragilidade, são propensos a quebras e rachaduras. Hearts Of Stone foi registrada dessa forma, e quando finalmente encontrada, o acetato estava em más condições.
O último show de Elvis no programa Hayride sobreviveu de maneira diferente, graças a um funcionário da filial da estação de rádio KWKH no Texas. O registro foi feito num tape diretamente da transmissão ouvida no rádio na noite em que o show foi ao ar. A maneira pela qual foi registrada, permitiu que a gravação não sofresse a mesma deterioração a qual estaria submitida em um acetato. Por outro lado, a qualidade sonora não é das melhores, abafado e com alguma estática e chiado ao fundo.
Mas o que está registrado na gravação é uma verdadeira cápsula do tempo. Um momento apoteótico na história da música, onde uma revolução musical estava em pleno andamento, à toda força.
A gravação começa com a número 1 Heartbreak Hotel, infelizmente incompleta, numa interpretação sem as mesmas nuances da versão de estúdio, mas carregada de muita energia.
Em seguida Elvis interpreta Long Tally Sally, cheia da verve Rock´n´Roll da década, com o baixo proeminente de Bill Black carregando o ritmo.
A belíssima I Was The One não escapa dos seus trocadilhos, mas conta também com todos os meneios vocais que tanta repulsa provocavam na mídia conservadora da época.
Love Me Tender, música título do seu primeiro filme, tem o verso extra omitido no master.
Em Love Me, Elvis despudoradamente faz uso de todos os seus truques vocais para provocar a platéia. Uma performance arrebatadora. Dont Be Cruel ganha deliciosa versão, um pouco mais lenta do que no estúdio, mas com muita cadência e I Got A Womam beneficia-se da energia criada ao vivo, elemento faltante na versão de estúdio.
Paralyzed, a grande estrela dessa gravação, por tratar-se da única versão ao vivo conhecida, é usada por Elvis para divulgar o seu segundo álbum e não é muito diferente da versão de estúdio.
O show se encerra com uma espetacular Hound Dog, onde os minutos finais dariam uma tese sobre o poder da insinuação e da sugestão sobre os jovens.
A aura mágica dos anos 50 permeia toda a gravação. Ao ouvi-la, é impossível não ser transportado para uma noite fria de Dezembro, para uma época mais simples e mais ingênua, junto a um rádio solitário e mal sintonizado no quarto de algum adolescente, que agora participava, talvez no escuro e às escondidas, de uma revolução musical e cultural.
Não ha sombra de dúvidas da importância comercial de Young Man With The Big Beat para a música de Elvis Presley. É através de lançamentos como esse que seu legado artístico é perpetuado e alcança novas gerações.
Mas para aqueles que tem Elvis como hobby a muitos anos, não é segredo que a grande atração de Young Man são as dez faixas finais do disco 3. Simplesmente porque elas trazem algo muito incomum: Um show inédito de Elvis na década de 50. Gravações como essas são extremamente raras, daí a importânica histórica desse registro.
Diferente dos shows da década de 70, os shows em 1956 eram curtos, com cerca de dez ou onze músicas e por vezes, como no caso dos shows do Hayride, eram transmitidos nas rádios locais. Algumas dessas rádios gravavam as transmissões em frágeis discos chamados de acetato. Acetatos são, por definição, métodos precários de gravação e a cada vez que são usados, sofrem um desgaste da camada onde o registro do som é feito. Após serem utilizados muitas vezes, o som começa a perder fidelidade, e chiados começam a dominar a gravação. Dado a sua fragilidade, são propensos a quebras e rachaduras. Hearts Of Stone foi registrada dessa forma, e quando finalmente encontrada, o acetato estava em más condições.
O último show de Elvis no programa Hayride sobreviveu de maneira diferente, graças a um funcionário da filial da estação de rádio KWKH no Texas. O registro foi feito num tape diretamente da transmissão ouvida no rádio na noite em que o show foi ao ar. A maneira pela qual foi registrada, permitiu que a gravação não sofresse a mesma deterioração a qual estaria submitida em um acetato. Por outro lado, a qualidade sonora não é das melhores, abafado e com alguma estática e chiado ao fundo.
Mas o que está registrado na gravação é uma verdadeira cápsula do tempo. Um momento apoteótico na história da música, onde uma revolução musical estava em pleno andamento, à toda força.
A gravação começa com a número 1 Heartbreak Hotel, infelizmente incompleta, numa interpretação sem as mesmas nuances da versão de estúdio, mas carregada de muita energia.
Em seguida Elvis interpreta Long Tally Sally, cheia da verve Rock´n´Roll da década, com o baixo proeminente de Bill Black carregando o ritmo.
A belíssima I Was The One não escapa dos seus trocadilhos, mas conta também com todos os meneios vocais que tanta repulsa provocavam na mídia conservadora da época.
Love Me Tender, música título do seu primeiro filme, tem o verso extra omitido no master.
Em Love Me, Elvis despudoradamente faz uso de todos os seus truques vocais para provocar a platéia. Uma performance arrebatadora. Dont Be Cruel ganha deliciosa versão, um pouco mais lenta do que no estúdio, mas com muita cadência e I Got A Womam beneficia-se da energia criada ao vivo, elemento faltante na versão de estúdio.
Paralyzed, a grande estrela dessa gravação, por tratar-se da única versão ao vivo conhecida, é usada por Elvis para divulgar o seu segundo álbum e não é muito diferente da versão de estúdio.
O show se encerra com uma espetacular Hound Dog, onde os minutos finais dariam uma tese sobre o poder da insinuação e da sugestão sobre os jovens.
A aura mágica dos anos 50 permeia toda a gravação. Ao ouvi-la, é impossível não ser transportado para uma noite fria de Dezembro, para uma época mais simples e mais ingênua, junto a um rádio solitário e mal sintonizado no quarto de algum adolescente, que agora participava, talvez no escuro e às escondidas, de uma revolução musical e cultural.
FAIXAS:
Young Man With The Big Beat
Disco 3
Disco 3
® Sergio Luiz Fiça Biston, Novembro de 2011
® 2005-2011 Elvis Collectors Brasil. O conteúdo deste site, seus textos e layout são de exclusividade do mesmo. Qualquer reprodução do seu conteúdo sem prévia autorização dos proprietários é proibida e consiste em falta ética.
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1 Heartbreak Hotel [Live At The Venus Room] [Live] - 3:01
2 Long Tall Sally [Live at the Venus Room] [Live] - 2:07
3 Blue Suede Shoes [Live At The Venus Room] [Live] - 5:16
4 Money Honey [Live At The Venus Room] [Live] - 3:00
5 Heartbreak Hotel [Live At The Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:34
6 Long Tall Sally [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:09
7 I Was the One [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 3:13
8 Money Honey [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:20
9 I Got a Woman [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 3:30
10 Blue Suede Shoes [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 3:59
11 Hound Dog [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:47
12 Heartbreak Hotel [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 1:46
13 Long Tall Sally [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 2:38
14 I Was the One [Live At the Hirsch Youth Center] [Live]- 3:08
15 Love Me Tender [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 3:29
16 Don t Be Cruel [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 2:57
17 Love Me [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 3:36
18 I Got a Woman [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 3:21
19 When My Blue Moon Turns To Gold Again [Live At The Hirsch Youth Center] - 2:48
20 Paralyzed [Live At The Hirsch Youth Center] [Live] - 2:57
21 Hound Dog [Live At The Hirsch Youth Center] [Live] - 4:30
2 Long Tall Sally [Live at the Venus Room] [Live] - 2:07
3 Blue Suede Shoes [Live At The Venus Room] [Live] - 5:16
4 Money Honey [Live At The Venus Room] [Live] - 3:00
5 Heartbreak Hotel [Live At The Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:34
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8 Money Honey [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:20
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10 Blue Suede Shoes [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 3:59
11 Hound Dog [Live at the Robinson Memorial Auditorium] [Live] - 2:47
12 Heartbreak Hotel [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 1:46
13 Long Tall Sally [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 2:38
14 I Was the One [Live At the Hirsch Youth Center] [Live]- 3:08
15 Love Me Tender [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 3:29
16 Don t Be Cruel [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 2:57
17 Love Me [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 3:36
18 I Got a Woman [Live At the Hirsch Youth Center] [Live] - 3:21
19 When My Blue Moon Turns To Gold Again [Live At The Hirsch Youth Center] - 2:48
20 Paralyzed [Live At The Hirsch Youth Center] [Live] - 2:57
21 Hound Dog [Live At The Hirsch Youth Center] [Live] - 4:30
