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Temos o orgulho de apresentar mais uma entrevista, desta vez com o grande John Wilkinson. John falou conosco por telefone, e assim como os demais membros da banda, revelou-se um verdadeiro cavalheiro, muito humilde e um verdadeiro amigo de Elvis.

Falamos com ele logo após seu show na Holanda, onde toda a banda reuniu-se para um grande concerto.

Gostaria de agradecer ao John por ter reservado um tempo para responder nossas perguntas e também a Peter Verbrung que nos colocou em contato com John.

 

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                                                                 "On the rhythm guitar, from Springfield, Missouri, is Mr. John Wilkinson..."

 

 

 

 

ECB: Olá John, como vai?

 

 

John Wilkinson: Muito Bem, obrigado.

 

ECB: Antes de tudo, gostaria de dizer que é uma honra estar falando com você e também gostaria de agradecê-lo em nome de todos os fãs do Brasil. Estamos ansiosos para ouvir o que você tem a nos dizer e não quero tomar muito seu tempo, John.

 

John Wilkinson: Estou bastante animado também Sergio e pode ficar a vontade, estou bastante ansioso para falar com os fãs do Brasil.

 

ECB: Agradecemos muito mesmo, John. Se você não se importar, vou ler as questões para você, pois acredito que assim você me entenderá melhor.

 

John Wilkinson: Eu não falo nada de português meu amigo, então você já está na frente (risos).

 

ECB: Bem John, talvez se você viesse ao Brasil, poderíamos trabalhar nisso…

                                                        

John Wilkinson: Adoraria ir ao Brasil!

 

ECB: Isso seria fantástico John. Você me disse que esteve a pouco na Holanda com todo o grupo e músicos, certo?

 

John Wilkinson: Sim, em 20 de Maio. Foi um grande show com Jerry, James, Ronnie, as Sweet Inspirations, The Imperials, Joe Guercio e orquestra… um grande show Sergio.

 

 

ECB: Fabuloso John! Espero que um dia possamos trazer vocês todos para o Brasil. John, para começar essa entrevista, você poderia nos contar um pouco mais sobre seu começo e como você acabou tocando guitarra?

 

John Wilkinson:  Comecei a tocar violão quando tinha cinco anos de idade e passei a tocar banjo com seis. Comecei cedo no violão… Morava em Springfield, Missouri e esta cidade é famosa pelo Country e pela musica Folk. Eu ouvia todo esse tipo de musica no radio e quando eu gostava de alguma, a aprendia no piano e depois levava para o violão.

Alguns caras na minha escola já tocavam guitarra e eles montaram um grupo Folk, tentando copiar o Kingston Trio, e me convidaram para ser parte do grupo. Então, toquei muito violão na escola e cantei muito também. Minhas raízes musicais também vêm de minha família. Meus pais adoravam musica e ouviam todos os estilos, Country, Ópera, Clássica… Então sempre tinha muita musica em minha casa. Estava sempre cercado por música.

E talvez tenha sido algo que nasceu comigo… o amor pela música e pela apresentação que fez com que eu desse os primeiros passos.

 

ECB: Eu acredito que sim John. Ainda nesse assunto, você gravou material próprio em 1969. Você poderia nos falar um pouco sobre isso?

 

John Wilkinson:  Bem, no meio de 1968 eu saí de um grupo chamado “The Good Time Singers” -que era o grupo usado por Andy Willians na TV- e o baixista dessa banda saiu para ser produtor da RCA, quando o grupo se separou. Ele me chamou e disse: “John, gostaria de fazer umas gravações suas”. Eu disse “OK, também gostaria de gravar”. Acabou que fizemos cinco canções. Fiquei na RCA por um ano e meio e fizemos algumas coisas muito boas lá. (I.E: Os compactos de John Wilkinson são: “July You´re a Woman/ City Sidewalks”, “You´ve Got Nothing To Be Ashamed of/Make It Rain” e The Last Resort/ The Great Truck Race”. John também gravou uma canção demo intitulada “Nashville”. Para mais informações sobre essas gravações acesse: www.johnwilkinson.net )

 

ECB: Foi mais ou menos durante esta época que você começou a tocar com Elvis, certo?

 

John Wilkinson:  É isso mesmo. Encontrei Elvis em várias ocasiões diferentes ( I.E: a primeira vez que John encontrou Elvis foi quando tinha 10 anos. Na ocasião, John disse a Elvis que embora ele fosse muito mais velho, John sabia tocar violão muito melhor.) Em uma dessas ocasiões, ele me disse que um dia ele iria parar de fazer todos esses filmes estúpidos que o Coronel Parker o obrigava a fazer, e voltaria a pegar a estrada, para cantar para seus fãs.

Ele disse: “Eu realmente acredito que é para isso que estou nesse mundo… para cantar e faze-los felizes. Um dia vou montar uma banda John e talvez, porque gosto do jeito que você dedilha o violão e o banjo, talvez você possa estar nela.”Eu lhe respondi que seria a realização de um sonho, já que eu seguia a carreira dele desde que começou.

E como veio a acontecer, ele ligou para James Burton ser o guitarrista líder e James estava montando a banda. Ele já havia tocado em minhas gravações na RCA e conhecia meu trabalho e também me conhecia como músico de estúdio.

E aconteceu de Elvis me ligar e conversamos pessoalmente. Ele disse: “Jonny, gosto do jeito que você toca e você deve-se lembrar que lhe falei uma vez que gostaria de tocar ao vivo novamente.” Eu disse “sim, me lembro disso” e ele disse: “Bem, tenho um espaço vago na minha banda que preciso preencher. Preciso de um guitarrista rítmico e gostaria que você tomasse esse lugar, se quiser”.

Falei para ele que o James tinha acabado de me ligar sobre isso e que eu tinha topado. Então ele me disse: “Bem, eu estou te ligando, você irá dizer que sim para mim?” e eu disse: “Absolutamente Elvis, você achou seu guitarrista rítmico”.

 

 

ECB: Então você pode dizer que foi escolhido a dedo pelo rei.

 

John Wilkinson:  É, eu desfrutava de boa popularidade naquela época e tinha uma boa reputação em Hollywood, nos estúdios, porque tocava vários estilos de música.

 

 

ECB: Quando você entrou para a banda, você era muito jovem, acredito que 23 anos de idade. Como era ser tão jovem e já ser um artista contratado pela RCA e tocando com o maior artista do momento?

 

John Wilkinson:  Foi um tanto impactante para mim, para dizer a verdade. Não esperava que minha carreira fosse dar um salto tão grande tão cedo. Os outros caras da banda eram todos mais velhos, uns quatro ou cinco anos, e lá estava eu ao lado de lendas como James Burton, Jerry Scheff e Ronnie Tutt, com apenas 23 anos.Todos os meus amigos, dentro e fora do indústria musical diziam: “Johnny, você deve ser o cara mais sortudo da terra”. Meus pais estavam extremamente felizes. 

 

ECB: Ha um momento muito especial no documentário That´s The Way It Is, quando Elvis está tocando piano e cantando “How The Web Was Oven” e você está o observando. Você parece bastante admirado e deixa escapar um sorriso sincero. Quais eram suas percepções sobre “Elvis o artista” naquela época?

 

John Wilkinson: Ele era certamente muito talentoso. Sabia exatamente o que queria ouvir e eu o achava um cantor fantástico. Não São muitos artistas que podem fazer isso, nem mesmo hoje. Nunca conheci ninguém com uma voz como a dele. Já ouvi diversos outros artistas fantásticos, mas nunca um que pudesse pegar uma canção e interpreta-la da maneira desejada...Outros pegam uma canção e acabam soando como o original, o que não é o objetivo de um intérprete, na minha opinião. Mas Elvis podia pegar uma canção e instantaneamente torna-la sua. Era o jeito dele cantá-la, o jeito que ele a sentia. E Elvis tinha muito, muito sentimento.  

 

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Elvis se entrega em "How The Web Was Oven", enquanto John Wilkinson aprecia, concentrado.

 

 

 


ECB: Você está coberto de razão John. Um desses exemplos em minha opinião, e sua performance em Unchained Melody. Mesmo sendo uma canção interpretado por tantos outros artistas, a versão de Elvis é tão emotiva e diferente, é como se a canção sempre tivesse sido dele.

 

John Wilkinson:  É, ele não conseguia esconder seus sentimentos. Acho que outro bom exemplo disso Sergio, é American Trilogy, uma Linda canção escrita por Mickey Newbury, que infelizmente perdemos recentemente

A primeira vez que ouvi Elvis canta-la, chorei. Interpreto essa canção em meus shows mas acabo soando como o original. Quando Elvis a interpretou, a canção tornou-se sua propriedade. E ha tantas outras que não eram originais suas, todas as canções que ele fez- Até mesmo Hound Dog- ele colocava “emoção”, Ele tentava capturar a essência das emoções em cada canção.

 

 

ECB:  Depois de fazer tantos concertos em Vegas, parece que, compreensivelmente, Elvis perdeu um pouco daquela “chama”. Nós conversamos recentemente com Ronnie Tutt sobre as mudanças feitas por Elvis, no repertório do seu show em Agosto de 1974, seu esforço em apresentar novas canções e o resultado pouco satisfatório na visão de Presley.

Ele tentaria novamente em Março de 1975, usando muito do material gravado em Holywood no começo do mesmo mês. Os resultados foram melhores desta vez, mas foi a última vez que Elvis realmente tentou atualizar o material usado nos shows.

Você acha que ele se sentiu desapontado com o resultado desses dois esforços ou você acredita que ele percebeu que talvez o público só quisesse ouvir as mesmas velhas canções?

  

John Wilkinson: A primeira vez que nós tentamos material novo foi quando estávamos nos preparando para o documentário That’s The Way It Is e ele gostou muito do novo material. Mas a reação da platéia para com essas canções não foi o que ele esperava, eu acho. Parece que o público queria sempre ouvir as velhas canções, e isso não era justo com Elvis porque ele estava sempre procurando novas maneiras de agradar seu público e ao mesmo tempo mostrar que ele era muito mais do que apenas Heartbreak Hotel e Hound Dog.  

O público gostava das novas canções, mas não era a mesma reação que acontecia quando, por exemplo, ele cantava Burning Love.

Mas ele falou várias vezes para algumas pessoas do seu círculo de amizades, para contatar alguns escritores em Nashville e Memphis, e conseguir novo material, porque ele queria lançar novas canções. Algo como expandir seus horizontes, por assim dizer.

Tivemos até alguns shows “By request” onde uma caixa era colocada no saguão e as pessoas deixavam seus pedidos nela. Essa caixa era mais tarde trazida até o palco e então Elvis retirava esses papeizinhos e cantava a canção pedida.

Era a única maneira que ele encontrava de agradar seu público, e ele vivia por seu público, seus fãs.

 

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Elvis e John ao vivo, em 1975

 

 

ECB: Um dos grandes momentos nos últimos concertos, era quando você e Elvis ficavam “sozinhos” no palco, tocando e cantando Early Morning Rain. Como essa canção se tornou seu número solo?

 

John Wilkinson:  Essa é uma canção escrita por um grande compositor canadense chamado Gordon Lightfoot. Estávamos ensaiando nos estúdios da RCA para uma das temporadas em Vegas, e ele fez uma pausa para comer alguma coisa. Eu estava parado num dos cantos do estúdio, tocando e cantando suavemente “Early Morning Rain”, que era uma das minhas canções favoritas ha muito tempo, e Elvis entrou novamente na sala sem que eu percebesse. Ele veio e ficou atrás de mim, botou a mão no meu ombro e disse: “John, que canção é essa?” E eu lhe disse que era Early Morning Rain. “ Gostei disso, vamos grava-la” ele disse. E mais tarde a gravou para o álbum “Elvis Now”.

Já nos palcos – você tem que entender que Elvis era um dos poucos artistas que apresentava seus músicos no palco. Ele reconhecia que sem nós, não haveria musica. Então, começando em Vegas, ele apresentava os Imperials, ou J.D. Summer e os Stamps, The Sweets e Kathy Westmoreland. Eu era o próximo e ele passou direto por mim, foi direto para James Burton! “Vindo de Shreveport Louisiana, na guitarra, James Burton. Toque alguma coisa James!” E claro, James fazia a mágica acontecer com sua Fender Telecaster do jeito que só ele sabe. E aí ele continuaria apresentando Ronnie, Jerry, Glen D….

Naquela noite, não pensei muito sobre isso, estava feliz de estar no mesmo palco que ele, e isso já me bastava. Mais tarde, Red West veio da suíte de Elvis e disse: “John, Elvis quer que você saiba que ele sente muito por não ter te apresentado. Não é nada particular, só que ele está com muitas coisas na cabeça agora. Mas ele vai te apresentar.”. Disse a Red que estava tudo bem, que não me importava com isso, pois estava feliz de estar no mesmo palco que ele. E nada mais foi dito.

Mas na noite seguinte, ele começou a apresentação dos músicos e após passar por J.D e os Stamps, as Sweets e Kathy, ele veio bem na minha frente e disse: “ Na guitarra rítmica, vindo de Springfield Missouri, John Wilkinson. John, toque alguma coisa.” E eu: “Tocar  O QUE??? Não Estou preparado para isso, me esqueça…” E ele me disse; “Filho, é melhor você tocar alguma coisa, ou amanhã à noite você estará trabalhando para Wayne Newton.” E eu disse “Não, não, vou tocar algo”. E tudo o que eu consegui pensar para tocar foi “Early Morning Rain”, porque sabia que era uma canção que ele gostava e daquele dia em diante eu ia toca-la sempre que ele me apresentasse.

Houve algumas ocasiões, quatro ou cinco vezes, em que ele me apresentaria e quando eu começava a tocar ele colocava o microfone na minha frente e dizia: “ Você canta!” E eu tinha que tocar e cantar em frente a milhares de pessoas, no showroom do hotel ou na estrada, onde quer que fosse…E ele adorava fazer isso! Uma vez ele me disse: “Johnny, não sabia que você cantava tão bem.”

E foi assim que “Early Morning Rain” se tornou minha marca registrada, em se tratando de Elvis Presley.

 

 

 

ECB: O material da parte final da carreira de Elvis é muito criticado pelos “especialistas”, muito porque Elvis deixou de gravar mais “Rock” . Entretanto, ele fez grandes contribuições para os campos do Pop, Country e do Folk, durante essa época . O que você acha dessa mudança de estilo, acentuada na década de 70?

 

John Wilkinson: Bem, você tinha que conhecer Elvis muito bem para entender que ele queria provar para si mesmo e para todo mundo, que ele podia cantar mais do que apenas Rock´n´Roll. E foi por isso que ele começou a gravar canções como My Boy, American Trilogy, My Way…com os grandes arranjos de orquestra. Ele passava horas e horas  em seu quarto em Graceland, trabalhando sua voz para fazer com que ela ficasse mais forte e ele pudesse introduzir essas novas e fortes canções. Ele me disse que gostaria de conseguir boas canções de Rock, mas que também gostaria de fazer essas grandes canções orquestradas. E eu lhe disse: “Chefe, você as escolhe e nós as tocamos.”

ECB: Ele estava sempre buscando amizades e pessoas em que ele pudesse confiar, não é mesmo? 

 

John Wilkinson: Sim. Ele me disse uma vez que ficava muito satisfeito por eu ser seu amigo e que ele podia confiar em mim. Eu disse a ele que se ele quisesse me contar qualquer coisa que fosse particular, ele poderia me falar que ficaria entre nós. E eu sempre faço questão de frisar que: Lembre-se que Elvis Presley era um ser humano. Ele não era um Deus, santo ou anjo... Ele era um ser humano. Ele colocava uma perna de cada vez nas calças, assim como todos nós. Mas sempre digo aos fãs que ele não era apenas meu empregador, ele era também meu amigo; e quando ele morreu eu senti como se tivesse perdido um irmão. Ele era um amigo em que podia confiar e ele podia confiar em mim. 

 

ECB: Tenho certeza que em qualquer lugar que ele esteja, ele ficará muito contente em saber disso. 

 

 John Wilkinson:  Ah, eu sei onde ele está.

 

ECB:  Todos nos sabemos, não é mesmo?

 

John Wilkinson: Ele está no céu cantando com Charlie, J.D e meu pai.

 

ECB: Deus os abençoe.

 

John Wilkinson: Com certeza!

 

 

ECB: Já que estamos falando de amizade John, em fotos recentes suas, de eventos que você participou, sempre vemos você usando o seu TCB. Você poderia compartilhar suas lembranças do dia em que ele lhe deu o TCB?

 

John Wilkinson:  Eu o uso diariamente. A única ocasião em que eu tiro ele do meu pescoço, desde que ele me deu, é quando é preciso limpa-lo ou fazer algum reparo. Fora isso, eu o uso vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Na noite em que ele me deu o TCB, Elvis chamou todos no camarim e ele tinha um saco com caixas com ele. Todo mundo ganhou seus TCBs, Ronnie, James, Glen... Ele tirou o meu da caixa, pôs sobre minha cabeça e disse " Johnny, essa é minha filosofia. Tenho orgulho de tê-lo como amigo. Vamos "cuidar dos negócios" juntos. Eu disse: "Com certeza chefe!”E foi assim que ganhei meu TCB. 

 

ECB: Quais são suas melhores lembranças nos palcos e no estúdio?

 

John Wilkinson: Ao vivo, quando ele estava no auge. E eu me refiro particularmente ao Aloha From Hawaii. Esse show, à exceção de suas apresentações no Thats The Way It Is, foi certamente o auge de seu sucesso. Ele estava fantástico. Não sabíamos que iríamos para o Havaí até duas semanas antes da partida! Ele nos chamou para sua suíte e disse: “Caras, vamos para o Havaí, vamos fazer um especial de TV e o coronel disse que será Ao Vivo. Eu disse” Meu Deus..." e ele disse” É, vai ser ao vivo para mais ou menos... trinta e sete países, então temos que acertar!" Ele estava muito animado. E na noite que fizemos o que hoje é conhecido como o Alternate Aloha, que foi um ensaio, ele estava fantástico na American Eagle. Ele veio antes do show, estava obviamente nervoso, e disse: " Esse vai ser o maior show que já fizemos. Vai ser "O" show. Ou vai nos levantar ou vai nos derrubar". Ele sempre se referia ao concerto como "nosso show" o que sempre achei muito simpático da parte dele.

Quando ele entrou no palco naquela noite, a platéia ficou ensandecida... A expressão do seu rosto é inesquecível...ele tinha um grande sorriso no rosto, pensei até que ele fosse chorar! Ele sabia que aquele era não só seu maior show, mas o maio show já feito. Foi um grande momento. Ele estava em forma, bronzeado, e sua voz não esteve tão potente. Mas no dia seguinte, alguém nos mostrou uma crítica do jornal San Francisco Chronicle, e o cara detonou o Elvis. Ele disse que Elvis estava horrível, sua voz estava ruim e eu pensei... "Seu filho da Puta ( risos), Você nem estava lá!".  E esse tipo de coisa acontecia muitas vezes na estrada, os críticos não conseguiam nem escrever o repertório corretamente. Na maioria das vezes isso acontecia porque o Coronel não dava aos repórteres ingressos grátis, o que os deixava irritados e tinham que inventar alguma coisa.

De qualquer forma, ele nunca leu as críticas. Eles não deixavam chegar até ele, temendo que isso o decepcionasse.

 

 

 

 

ECB: Antes de encerramos essa entrevista John, gostaria que você nos falasse um pouco mais sobre seu novo livro.  

John Wilkinson: O primeiro livro foi escrito por meu empresário, Peter Verbrungg, presidente de um dos maiores fã clubes europeus, o Elvis Matters(Nota: www.elvismatters.be). Ele é um caro amigo e um dedicado fã de Elvis. Ele escreveu o livro e usou algumas fotos e documentos que eu tinha. Estou muito orgulhoso do livro e acho que os fãs gostaram também, já que o livro está praticamente esgotado.  

O livro mais recente é chamado de“My Life Before, During and After Elvis Presley”( Nota: "Minha vida antes, Durante e Depois de Elvis Presley"). ( Nota: O novo livro de John pode ser encontrado no site da Amazon: www.amazon.com). Nick Moretti, a pessoa que me ajudou a escrever o livro, me disse que a reação dos fãs foi muito boa e recebi alguns e-mails muito positivos de alguns fãs. Então espero que os fãs adquiram o livro e acho que é um excelente complemento ao primeiro livro, porque cobre algumas partes da minha vida que não estão no primeiro. O livro discorre bastante sobre minha amizade com Elvis, da qual tenho muito orgulho, e acho que depois de lê-lo, você irá entender um pouco mais sobre Elvis.

 

 

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ECB: Sei que o seu aniversário está se aproximando, então gostaria de lhe desejar um feliz aniversário. 

John Wilkinson:Oh obrigado! Você sabe, eu decidi parar de fazer aniversário. Vou tomar  "birthday control pills!"  (risos) (Fazendo um trocadilho com Birth Control Pills, ou pílulas de controle de natalidade)

 

ECB: John, para encerrar essa entrevista, você poderia deixar uma mensagem para os fãs do Brasil?

John Wilkinson:  Certamente. Transmita aos fãs,aos caros amigos do Brasil, meu carinho e os melhores votos. Espero um dia ser convidado para o Brasil e me apresentar a eles. Diga a eles, que assim como Elvis, nós nos importamos com os fãs. Sinceramente. Diga também que Elvis era um homem decente, que amava seus fãs e ensinou a todos nos sobre amor e amizade.

 

 

 Clique AQUI para ouvir a mensagem de John Wilkinson para os fãs do Brasil ( Banda Larga, legendas)

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