Joe Moscheo é um dos integrantes originais dos
Imperials, o quarteto gospel "multi-prêmios" que fez vocal de
apoio nas apresentações ao vivo e sessões de gravação de Elvis Presley, nos
anos mágicos de 1969-1971. Joe, um artista reconhecido e recentemente
nomeado ao Hall Da Fama Da Música Gospel, também produziu um dos melhores
documentários sobre Elvis, He Touched Me: The Gospel Music Of Elvis Presley e
recentemente lançou o livro The Gospel Side Of Elvis. Nessa entrevista
exclusiva para o Elvis Collectors Brasil, Joe Moscheo falou sobre
sua carreira e seu trabalho com Elvis Presley.
JW: Eu sou do estado de
Nova York, ao norte da cidade. Minha família é italiana, eles vieram da Sicília
e eu nasci
ECB: Fale-nos, por favor, sobre o
passado dos Imperials. Como o grupo foi formado?
JW: Nos Estados Unidos a
musica Gospel é muito popular e há centenas de grupos. Existem quartetos e
trios, e alguns que nós chamamos de “mix”, formados por homens e mulheres.
Existem grupos familiares... todos os tipos de grupos. Nos anos 50 havia um
grupo cantando no Texas, em um show na rádio, e era patrocinado pela companhia
“Imperial Sugar”. Quando o quarteto ia cantar eles diziam “Aqui estão eles, os
cantores trazidos a vocês pela companhia “Imperial Sugar”“. Depois de um tempo
eles eram apenas chamados de “Imperial Quartet”. Em 1964, quando Jake Hess
formou o novo “Imperials” em Nashville, ele o chamou de “Jake Hess and the
Imperials”. Jake Hess era um dos cantores favoritos de Elvis no grupo
“Statesman”. Elvis conhecia Jake muito bem e adorava ouvi-lo cantar. Jake formou
esse novo grupo, “The Imperials”, em 1964 , e escolheu todos nos para sermos do
seu grupo e então ele ficou doente e teve que deixar o grupo. Quando isto
aconteceu, nos começamos a trabalhar com Elvis, em 1969.
ECB:
Os “Imperials” ganharam muitos prêmios desde que foram formados. Entre eles, 12
Grammy e 13 Dove. O que você acha que faz os Imperials serem tão
reconhecidos?
JW:
Tivemos muita sorte que as pessoas amam nossa musica, nosso som. Eu acho que
mesmo hoje, muito mais velhos, como grupo temos um som muito sólido e diferente.
Separadamente não somos tão empolgantes, mas em grupo somos muito bons. Ao que
parece, estamos tento sucesso dessa forma. Nossos arranjos, a combinação das
vozes, a forma de se apresentar no palco... Existem vários fatores, mas o fato
de o grupo ter uma musica ímpar e tão sólida é o mais importante. Elvis
costumava nos chamar de a “parede de som” atrás dele. Isso era muito importante
e somos muito orgulhosos disso. Nós ganhamos muitos prêmios exatamente por isso
e nos somos muito, muito abençoados e agradecidos.
ECB:
Certamente pelo grande talento do grupo, Elvis o queria para acompanhá-lo nos
shows ao vivo. Como vocês receberam esse convite?
JM:
Isso foi em 1969, quando nós fomos para Las Vegas, no Hotel Internacional.
Recebemos um telefonema do escritório do Coronel Parker, do seu assistente Tom
Diskin. Ele nos falou que Elvis iria cantar por um mês em Vegas e gostaria de
nós como grupo de apoio vocal. Ficamos muito felizes e claro, muito surpresos.
Mas descobrimos que Elvis tentou primeiro os “Jordanaires”, que não puderam ir,
já que tinham muitas sessões de gravações agendadas
ECB:
Quais suas lembranças daqueles shows?
JM:
Oh meu Deus, é difícil até de explicar. Lembro-me de tantas coisas... Lembro-me
dos ensaios com Elvis... Mas minha maior lembrança foi a noite de estréia. Uma
coisa é o ensaio e quando estamos no palco, montando o show. Mas uma noite de
abertura, quando as cortinas estão subindo e você vê a reação da platéia quando
Elvis entra no palco e nós víamos quão empolgante e importante ele era... A
imagem, o carisma e tudo nele era tão eletrizante que nós também éramos pegos
por isso. Quando ele entrava no palco, nós ficávamos tão embasbacados com ele
que quase esquecíamos de cantar. Todas as noites em que ele entrava no palco, a
música começava e ele olhava para nós e piscava , era como um sonho. É uma
lembrança inesquecível.
ECB
: Em
JM:
Para nós foi fácil, acho que foi mais difícil para Elvis já que havia uma equipe
de filmagem e eles queriam certas coisas. Eles praticamente interrompiam o show
com todas aquelas câmeras e a forma como eles queriam as coisas. Fazíamos dois
shows por noite, o que eles chamam de “Show do Jantar” e “Show da meia noite” e
as câmeras não paravam de filmar. Quando eles perdiam alguma coisa no primeiro
show eles gravavam no próximo e pediam para Elvis cantar certa musica ou usar
certa roupa, já que eles precisavam de mais material específico. Foi uma época
muito excitante e não foi difícil para nós, mas provavelmente um pouco
estressante para ele. Agora quando olhamos o filme e vemos o que estávamos
fazendo, é que percebemos que na maioria do tempo nós nem percebíamos que
estávamos sendo filmados. É um grande documentário e é ótimo fazer parte daquela
história.
Joe moscheo ensaia com os Imperials e as Sweets, durante as filmagens de Elvis: Thats The Way It Is
ECB:
Neste filme ha ótimas cenas de ensaios para a abertura da temporada. Nesses
segmentos, especialmente durante o ensaio de Bridge Over Troubled Waters, Elvis
aparece orientando os vocalistas de fundo, com relação à como ele deseja certa
parte da canção. Com que freqüência Elvis se envolvia nos arranjos das
canções?
JM: Ele
fazia isso em várias canções. Ele já sabia em sua mente, como queria ouvir a
canção e as vezes, quando ele não ouvia do jeito que queria, ele nos
olhava, mexia as mãos e cantava a nossa parte do jeito que ele queria. Ele
não nunca teve uma educação formal em música, mas tinha um senso musical e
de interpretação maravilhoso. Ele sabia exatamente o que queria ouvir. Claro,
sempre tentávamos agrada-lo e fazer o que ele nos pedia. O resultado
era sempre fantástico. Os arranjos e o jeito com que ele cantava...Mesmo que a
canção já tivesse sido interpretada por outro cantor, quando ele a cantava
você esquecia do outro cantor e considerava que aquela canção era dele
e assim que deveria ser cantada.
ECB: Já
nessa época, Elvis tinha feito excelentes álbuns gospel, como os vencedores do
Grammy How Great Thou Art e He Touched Me. Como a comunidade gospel recebia
essas gravações sendo que Elvis era originalmente um cantor de
Rock?
JM:
Eu
acho que era dividida. No começo, quando ele apareceu na cena musical, as
igrejas não gostavam de sua música. Elas não gostavam de sua aparência e achavam
que ele passava a imagem errada para os cristões. Na verdade, algumas igrejas
até pregavam contra ele. Mas à medida que sua carreira progredia, e sua música
gospel apareceu, eles descobriram que sua música sacra era muito sincera. Acho
que no final ele, claro, era reconhecido como um cantor de Rock, o "Rei do
Rock", mas acho que sua música sacra foi muito importante.
Agora
que todas as igrejas e os cristões cresceram ouvindo essa música, eles entendem
o quão importante essa música é. Acho que porque suas
músicas saíam do coração dele para o seu, elas se tornam muito
importantes. Acho que os tempos mudaram.
ECB: Em
1971, você trabalhou com ele em estúdio,
JM:
O
disco He Touched Me foi muito
importante para nós. As canções incluídas nele, eram canções que nós havíamos
gravado anteriormente num álbum dos Imperials. Elvis escutava nossas canções e
estudava elas. Ele ouvia, aprendia, sabia as vozes de todos, sabia os arranjos,
cada parte. Nós cantávamos as canções com ele quando íamos a suíte dele no
Hotel. Então, quando chegou a hora de gravar outro álbum Gospel, foi muito fácil
porque ele sabia todas as canções. Toquei piano
Ele
não tinha muita paciência durante as gravações. Se ele não gostasse da música,
ou se não estivesse saindo certo com os músicos ou ainda, se estivesse tomando
muito tempo, ele perdia o interesse e partia para outra coisa. Mas as sessões de
He Touched
Me, foram muito agradáveis.
Elvis com os Imperials. Joe Moscheo na extrema esquerda. Fevereiro de1971.
ECB:
Música Gospel sempre fez parte da vida de Elvis. Ele a cantava com
freqüência para relaxar e acalmar sua mente. Ha muitas histórias sobre sessões
de música Gospel que iam até o raiar do dia em sua suíte de hotel, após os
concertos. Você tem muitas lembranças dessas
ocasiões?
JM:
Muitas,
muitas lembranças. Elas são provavelmente as lembranças mais queridas que tenho,
porque esses eram momentos nos quais ele estava relaxado, fazendo algo que
ele gostava. Não era "Elvis, O Super Astro", era apenas "Elvis, O
Amigo". Ele sentava com os amigos em volta e nós tocávamos piano e
cantávamos gospel. Ele nunca queria cantar os seus sucessos ou músicas pop e
rock. Ele queria cantar Gospel. Nós cantávamos uma música após a outra, por duas
ou três horas, as vezes quatro. Se ele estivesse com algum de seus amigos,
ele dizia " Escute,
Escute", "Escute
a harmonia, ouça como você pode sentir a canção" ;
"Ouça como
ela toca seu coração". Ele adorava isso e essas são algumas de
minhas lembranças favoritas dessa época.
ECB: Não
é segredo que Elvis era uma pessoa profundamente religiosa. Ele com
freqüência se perguntava sobre a sorte e o talento que Deus lhe deu e tinha
longas conversas a respeito disso, com pessoas que ele sentia uma ligação. Você
se recorda de conversas como essas?
JM:
Sim,
havia muitas conversas. Ele era uma pessoa muito curiosa. A religião que
sua mãe o ensinou era muito importante para ele. Mas outras pessoas traziam
outras idéias para ele, outras religiões para que ele as estudasse. Então
tínhamos muitas conversas sobre religião e ele sempre voltava para sua fé
original, aquela que sua mãe o ensinou.
Ele
era muito humilde, nunca percebeu o quão grande e importante era. Acho que ele
sabia que era um super-astro e sabia que tinha um trabalho a fazer e que esse
trabalho era ser um super-astro. Quando ele subia no palco, ele era "
Elvis, O Super- Astro", mas quando ele descia, para ficar com seus
amigos, ele queria ser "Elvis, o garoto de Tupelo". É claro que ele adorava
o sucesso, mas ele também adorava ser uma pessoa comum, com seus amigos. Ele
queria ser aquele cara normal que escuta música, senta pra se divertir e contar
umas piadas, ou quem sabe assistir a uma partida de futebol
americano.
Eu
gostava muito desse aspecto dele, porque ele podia ser esse cara comum e s se
transformar num super-astro, quando subia no
palco.
ECB:
Quão profunda era a influência da música gospel, no seu estilo de cantar e na
maneira que ele interpretava uma canção?
JM:
Já
disseram muitas vezes, que o seu estilo era uma mistura de gospel e "rhythm
and blues". Por ele ter nascido no Sul, ele teve essas influências.
Memphis é o lar do blues e ele ouvia muita música gospel e até um pouco de
ópera. Você pode perceber quando ele canta, a voz ficava mais forte, e seu
alcance era incrível. Ele podia cantar num tom mais baixo ou mais alto. Ele teve
muitas influências, mas acho que o gospel foi muito, muito influente. Ele pegou
muito do fraseamento e do estilo, dos movimentos, do jeito de se vestir e de
pentear o cabelo, dos grupos gospel. Eles usavam essas roupas chamativas, o
cabelo penteado para trás, foi muito impactante pra ele. Mas ele trouxe um novo
jeito de fazer, ele criou um novo estilo, uma nova moda e um estilo totalmente
novo de música. Ele era o dono disso. Tornou-se seu. Acho que ele deixou melhor
do que já era.
ECB: Em
1972, dos Imperials deixaram Elvis. O que
houve?
JM:
Houve
um desentendimento com o Coronel Parker, porque quando aceitamos o trabalho com
Elvis, não pedimos muito dinheiro, temendo que eles achassem que estávamos
pedindo muito e desistissem de nós. Mais tarde pedimos por um aumento e alguns
benefícios, mas o Coronel se recusou. Dissemos à ele que se não ganhássemos o
que pedíamos, não iríamos para a próxima temporada.
O
Coronel não contou a Elvis, até que Elvis nos ligou um dia e disse: " O que está
acontecendo? Parece que vocês não estarão na próxima temporada, em Janeiro?" Eu
disse: " Não, não vamos. Não podemos mais". Ele ficou desapontado, mas não podia
fazer nada a respeito porque não era o homem dos negócios. Havia um acordo entre Elvis e o
Coronel. O Coronel cuidaria dos negócios e ele da música.
Então, recomendamos os Stamps, porque eles eram bons amigos nossos. Ficou entre
os Stamps e os Oak Ridge Boys. J.D Sumner queria o trabalho, e Elvis já o conhecia dos tempos
do grupo Blackwood Brothers, então Elvis os
contratou.
ECB:
Depois da saída dos Imperials , você e os outros membros, mantiveram contato com
Elvis?
JM:
Eu
mantive contato com ele, mas não acho que os outros mantiveram um contato tão
freqüente quanto eu. Sempre fui amigo dele, de Priscilla e da família,
então mantive contato. Ele sempre foi muito cortês, muito gentil. Acho que
fomos amigos até o fim.
ECB:
Qual foi a última vez que você o viu?
JM: Foi
em Huntsville, Alabama, em Maio de 1975. Ele estava fazendo um concerto lá e eu fui para vê-lo.
Levei uma bíblia comigo e queria da-la a ele. Queria fazer isso porque achava
que ele não estava bem, ele não parecia estar bem. Queria falar com ele e dizer
que estava bastante preocupado...Disse à ele " Pare de procurar em todas as
direções por respostas. Todas as respostas que você precisa estão nessa
Bíblia. Você deve lê-la de vez em quando e prestar atenção nela." Nós nos
abraçamos e eu o deixei. Foi a última vez que o vi.
ECB: Você
se lembra do dia em que soube de sua morte?
JM:
Ah
sim. Eu trabalhava para uma grande empresa, a BMI,
ECB:
O que você acha do fenômeno Elvis após sua morte? Não é intrigante como ele
continua atraindo novos fãs com sua música e como a sua base de fãs continua
comprando tudo com sua imagem e nome?
JM:
Ha
muitas teorias sobre isso. Você sabe, os Imperials estão viajando o mundo,
fazendo uma série de eventos, eventos de fã-clubes, fazemos muitas coisas com
Graceland em Janeiro e Agosto. Para o 20º aniversário, nos reunimos no Midsouth
Coliseum em Memphis, no 25ª nos reunimos no Pyramid. E entre essas datas,
fizemos muitas apresentações pelo mundo, o concerto do telão fez turnês mundiais
e fizemos parte dele. É incrível para mim, que tantas pessoas lembrem-se dele e
continuem interessadas nele. Acho que isso nos dá a oportunidade de continuar
seu legado, continuar atraindo atenção para o fato dele ser um grande artista e
um grande homem. Num nível espiritual, para os Imperials, esta é uma
oportunidade para cantar musica gospel para uma platéia não necessariamente
religiosa. Isso é algo que sinto que devemos fazer. Cantamos nossa música,
cantamos música gospel e levamos a palavra às pessoas, encorajando-as e
fazendo-as sentir-se melhor com si mesmos.
Acho
que isso era algo que Elvis gostaria que fizéssemos. É nossa responsabilidade
levar isso adiante, em seu nome. Ele abriu essas portas e acho que devemos
passar por elas e tirar vantagem disso. Sentimos essa
responsabilidade.
Acho
incrível que sua vida continue na mente das pessoas e sua música se espalhe pelo
mundo, pelo radio, pela televisão, pelo satélite e pelos filmes...No coração das
pessoas, ele jamais morreu. Ele vive em seus corações. Somos como seus
discípulos, pregando seu evangelho por onde vamos. Acho que isso é muito
importante e somos muito gratos por essa oportunidade.
ECB:
Você também esteve na produção “Elvis The Concert”. Estive no
concerto do 30º aniversário e foi fantástico. Como é cantar novamente com ele,
após 30 anos de sua morte?
JM:
Fazemos
isso já por dez anos, desde o 20º aniversário. O concerto no telão é demais,
porque amamos a música e adoramos ver ele tão bem aparentado. A única coisa é
que todos nós envelhecemos e ele continua o mesmo ( risos) Ele continua forte e
bonito, sua música tão cheia de vida. Parece que não conseguimos enjoar, não
importa quantas vezes cantemos essas músicas, elas estão novas e frescas em
nossas mentes. É uma experiência maravilhosa.
ECB: Você
co-produziu o aclamado especial He Touched Me: The Gospel Music Of Elvis
Presley. Acho que podemos dizer que este documentário é o definitivo sobre
sua música gospel. Agora, você está lançando um novo livro, intitulado The
Gospel Side Of Elvis. O livro funciona como um complemento do
documentário?
JM: Sim, funciona. Usei muito o documentário, como uma guia para escrever o livro. Achei que era importante botar isso no papel e dar a minha visão das coisas, como eu as via e me expressar sobre a importância disso tudo. Acho que outras pessoas, talvez Gordon Stoker dos Jordanaires, ou então JD Sumner se estivesse vivo, deveriam ter feito isso, mas ninguém pareceu se interessar. Então peguei essa oportunidade e estou muito satisfeito. Meu livro foi muito importante em 2007. Foi o livro sobre Elvis mais vendido no ano e atingiu muitas pessoas. Sou muito grato a isso. Farei uma turnê pela Europa, autografando o livro em Março, e em outros países também. Gostaria de ir ao Brasil algum dia.
ECB:
Os Imperials estão de volta com você ,
JM: Estamos juntos a tanto tempo. Conheço Terry desde 1970, e Sherman entrou para o grupo em 1972. Somos grandes amigos, nossa formação é a mesma e gostamos de estarmos juntos. Nunca tivemos uma discussão. Somos muito próximos.
Mas o mais importante é que no palco, tudo se encaixa. É do jeito que devia ser. Adoramos estar juntos e cantar juntos e o púbico parece apreciar esse fato.
The Imperials em sua formação atual.
Da esquerda para à direita: Terry Blackwood, Joe Moscheo, Sherman Andrus (Centro no topo) e Gus Gaches.
Foto cortesia de www.theimperials.us
ECB: Você recentemente entrou para o Hall Da Fama Da Música Gospel? Como foi a sensação?
JM: Wow! Você sabe, os Imperials já haviam sido nomeados ao Hall da fama, como grupo. E esse ano que passou eu fui nomeado por minha contribuição à indústria da música gospel, já que era um voluntário e estive na comissão da Associação De Música Gospel.
Foi uma surpresa para mim, ser reconhecido, foi uma honra. Sinto que dei minha vida à música gospel e sempre tentei ser um exemplo e levar a música gospel para o maior público possível. Ser finalmente reconhecido por seus iguais, é uma coisa maravilhosa e fiquei muito supreso e honrado. Minha família toda estava comigo, foi uma ocasião maravilhosa e fiquei muito feliz por terem feito isso por mim.
As vezes acho que talvez meu médico tenha dito à eles que eu vou morrer em breve e que ele deveriam me dar um prêmio logo (risos)
ECB: Joe, quais são seus planos para o futuro?
JM: Vou fazer 71 anos. Não sou um velho, mas acho que é hora de desacelerar um pouco. Tive um trabalho em uma grande empresa internacional pelos últimos seis anos, mas no final desse ano, estarei me aposentando e continuarei a cantar com os Imperials. Vamos viajar muito ano que vem, pois temos muitos shows marcados.
Estou escrevendo outro livro, não sobre Elvis, e tenho outros projetos nos quais estou trabalhando. Adoro pintar, então estou pintando muito ultimamente e espero passar mais tempo com minha família na Itália. Quero voltar a Sicília, meu lar. Ficar lá quem sabe dois ou três meses, nesse ano que vem. Vou continuar a fazer as coisas que amo.
O Elvis Collectors Brasil agradece imensamente Joe Moscheo por essa entrevista e deseja a melhor das sortes em seus projetos futuros.
Joe Moscheo Entrevistado por Sergio Biston em Dezembro de 2007
Transcrição de Sergio Biston
Tradução para lingua portuguesa:Sergio Biston e Luiz Henrique C.Gonçalves.
® 2007 Elvis Collectors
Brasil. O
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