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Elvis Live In L.A.

Livro documentando as apresentações de Elvis em Los Angeles.CD com o show do dia 11 de Maio de 1974 + Bônus

1: Also Sprach Zarathustra
 2: See See Rider
 3: I Got A Woman/Amen
 4: Love Me
 5: Trying To Get To You
 6: All Shook Up
 7: Teddy Bear/Don't Be Cruel
 8: Love Me Tender
 9: Steamroller Blues
10: Hound Dog
11: Fever
12: Polk Salad Annie
13: Why Me Lord
14: Suspicious Minds
15: Introductions
16: I Can't Stop Loving You
17: Help Me
18: American Trilogy
19: Let Me Be There
20: Funny How Time Slips Away
21: Big Boss Man (San Bernardino May 10 1974)
22: Can't Help Falling In Love (San Bernardino May 10 1974)
23:You Can Have Her (audience recording)


Live In L.A. – Por Sergio Luiz

 

A FTD nos brinda com mais um excelente projeto, o livro Live In L.A. Com cento e trinta e quatro páginas e mais de duzentas fotografias, a obra documenta as apresentações de Elvis em Los Angeles, desde 1956 até sua última passagem em 1976. Caprichosamente montando, o livro de capa dura traz impressão em papel de alta qualidade e excelente design gráfico. O foco do projeto é a segunda apresentação de Elvis no dia 11 de Maio de 1974, no Los Angeles Forum, no qual estiveram presentes os integrantes da banda Led Zeppelin, e que ocupa cerca de oitenta por cento do livro.

 

 

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Em sua grande maioria, as fotografias apresentadas nunca foram publicadas e muitas são inéditas. Por elas é possível imergir nessa ótima apresentação de Elvis na cidade dos anjos, há mais de 30 anos atrás. Elvis está bem humorado, saudável e dinâmico no palco. Há também fotos de Elvis em suas apresentações em 1970 e em 1976 em dois momentos distintos. No primeiro, em Abril de 1976, Elvis está em péssima forma. Muito acima do peso, pálido e com expressão abatida, ha um grande contraste entre essas fotos com as demais espalhadas nas páginas anteriores, e até mesmo com as fotos de Anaheim em Novembro de 1976, que mostram um Elvis muito mais magro e com aparência mais jovial.

 

 

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As fotos de 1956 são particularmente raras e impactantes, principalmente as do Municipal Auditorium. Na  página três do livro, uma foto amadora muito rara de Elvis com duas fãs, no que parece ser um quintal típico americano.

Não há texto no livro, apenas a menção das datas e locais dos shows, o que desabona um pouco o projeto, já que seria muito interessante se comentários dos fãs e resenhas de jornais da época fossem incluídos.

Há de se notar também, que muitas fotos passaram por um processo pobre de restauração, apresentando um resultado por vezes muito granulado. Outras estão inseridas no meio do livro, arruinando-as completamente. Mesmo assim, os pontos negativos são pequenos quando comparados com o resultado final, que oferece ao fã imensa quantidade de fotos nunca antes publicadas.

Acompanhando o livro, a FTD oferece um soundboard do show do dia 11 de Maio de 1974. A qualidade sonora é boa, muito similar às gravações de Lake Tahoe do mesmo ano, onde bateria e baixo estão mais em evidência juntamente com a voz de Elvis.

Infelizmente esse tipo de gravação é um tanto abafada, de forma que a reação da platéia não é capturada, resultando numa perda significativa do impacto da apresentação. Para entender isso, basta comparar, por exemplo, a diferença entre Power Of Shazam! Com One Night Only, onde o mesmo show foi apresentando em duas fontes diferentes, sendo que a segunda é muito superior e muda a experiência do ouvinte completamente.

O show é bom, como de costume para as turnês da primeira parte de 1974.

Elvis está claramente curtindo a apresentação, cantando com concentração e preocupado em oferecer uma performance sólida. Com isso, até clássicos como Love Me e Love Me Tender se beneficiam com versões mais do que satisfatórias para o período. A primeira ganha inclusive uma reprise da parte final. Há também ótimas versões de Trying To Get To You, Steamroller Blues e de suas duas novas performances gospel, Why Me Lord e Help Me. Why Me Lord ainda é levada a sério, sem as piadas costumeiras com J.D. e nela é possível apreciar o talento delicado de Katy Westmoreland nos vocais de fundo. Elvis faz também uma reprise da parte final, um claro sinal de seu entusiasmo pela composição. Help Me é cantada com sentimento.

O eterno clássico de 1969, Suspicious Minds, ainda consegue empolgar Elvis, evocando uma performance descompromissada mas eficaz, temperada com uma vocalização deliberadamente “preguiçosa” na dramática parte “ Dont let a good thing die, Oh no”.

Vale menção também, suas performances de Polk Salad Annie com um Ronnie Tutt infernal na bateria (repare o final da canção) e um Duke Bardwell um tanto perdido em campo e I Cant Stop Loving You, que nunca falha em empolgar.

An American Trilogy também garante uma excelente performance, especialmente porque ainda conserva o solo de flauta que em 1975 será substituído pelo trompete, sem o mesmo efeito dramático.

 

 

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Como de costume, antes de Funny How Times Slips AWay Elvis pede para que as luzes sejam acessas e ao ver o estádio lotado comenta com J.D. sobre o tamanho do local e de como foi uma longa viajem dos locais empoeirados que costumavam tocar no começo da carreira, até a gigantesca arena em que hoje cantavam.Elvis também menciona a presença do grupo Led Zeppelin na platéia.

O tape está incompleto e termina logo após “ Funny”. Para completar o CD, os produtores decidiram incluir o final do show em San Bernadino, no dia anterior. Essa parte final acaba sendo o grande destaque do CD, já que Big Boss Man é executada com um tempo notavelmente mais lento, especialmente na introdução instrumental. É uma ótima versão, diferente do que estamos acostumados e embora um tanto descompassada, tem uma levada mais “funky” que as versões vindouras.

Pro fim, como bônus obrigatório, a famosa You Can Have Her. Cantada unicamente nessa ocasião, deve-se regozijar o fato de Elvis ter lembrado da maior parte da letra e a mesma ter sido capturada numa gravação de platéia de boa qualidade.

Embora livro e CD se complementem, fica claro que o “fillet mignon”do projeto é o livro e suas fotos do show principal.  Mesmo com algumas fotos granuladas ou fora de foco, o livro como um todo é extremamente satisfatório e proporciona uma agradável experiência que o CD, com seu repertório comum e som abafado, não consegue proporcionar.

Teria sido por demais interessante também, se a exemplo do projeto Rocking Across Texas, Ersnt tivesse incluído mais um show no pacote, como por exemplo o show de Anahein em 1976, cujas fotos fazem parte do livro. Mesmo assim, esse novo lançamento da FTD books vale o dinheiro investido.

Projetos como esses são o sonho de todo colecionador e a quinze, vinte anos atrás, esse tipo de lançamento era impensável. Graças a FTD, esse sonho se tornou realidade.

 

Conteúdo: 4/5

CD – Show: 4/5 Som: 3,7/5


® Sergio Luiz Fiça Biston - Maio de 2007



 

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