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Elvis On Tour- Por Sergio Biston

 

A última aparição de Elvis nos cinemas foi irônicamente representando a si mesmo.

Elvis On Tour, um "rockmentário" da sua primeira grande turnê pelos Estados Unidos após o seu retorno em 1969, mostra o astro ainda no auge de seus poderes, hipnotizando milhares de fãs com  shows brilhantes pela território americano.

Diferente de Thats The Way It Is onde os diretores capturaram Presley num ambiente mais intimista e por vezes voltaram excessivamente o foco para a "Elvis mania", através de inconvinientes depoimentos de fãs, On tour buscou mostrar o impacto de suas apresentações pelas grandes arenas americanas e seu lado mais humano. Dirigido por Pierre Abel e Robert Adidge a película prima pela excelente edição e pela dinâmica apresentação em múltiplos ângulos.  A técnica é empregada com grande resultado, transmitindo toda a eletricidade dos concertos de Elvis no início da década de 70.

 

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Um dos responsáveis pela qualidade da edição final foi ninguém menos que Martin Scorcese, ainda um aspirante em Holywood. Robert Abel, pioneiro em Holywood em efeitos especiais também influencia grandemente a técnica multi-ângulo utilizada.

As várias apresentações foram capturadas pela equipe de Abel e Adidge utilizando câmeras portáteis que permitiram aos cinegrafistas se aproximarem mais do astro, registrando com maior dinâmica todo o show e aproximando o espectador da ação que ocorre no palco.

Elvis está soberbo nas apresentações. É verdade que sua nova encarnação não tem a mesma selvageria do período 1969-1971 mas em seu lugar está um artista mais maduro, ainda dinâmico, ainda feliz de estar no palco e demonstrando imenso talento vocal e domínio do público. O título de "Rei do Rock" ainda se sustenta com performances vibrantes de Never Been To Spain, Proud Mary e seu novo compacto, o mega-rock Burning Love, registrado aqui em seu debut nos palcos. Fica claro, entretanto, que Elvis buscava cada vez mais disassociar-se do estigma de "simples cantor de rock", buscando diversificar-se como um artista mais completo. Por isso Elvis investe em baladas pop de qualidade como Separate Ways, composta por seu amigo e segurança Red West, countrys como Funny How Times Slips Away e contemporâneas como Bridge Over Troubled Waters que ganha uma excelente versão. Ha também performances magníficas de An American Trilogy e How Great Thou Art.

O ritmo alucinante da vida na estrada é capturado com excelência pelos câmeras, que seguem Elvis desde o nervosismo nas coxias até a explosão de música, gritos e flahs que acompanhava cada entrada sua nos palcos. A correria para "escapar" da arena lotada, a chegada nos hotéis, a estrada e os aeroportos, os ensaios, cada pedaço da grande máquina criada para as turnês na década de 70 é registrada para a posteridade em Elvis On Tour.

Lançado em 1973, logo após o Aloha From Hawaii, Elvis On Tour foi bem recebido pela critica especializada. Escreveu o Movie Review:

 

"O mais impressionante elemento do filme é a atmosfera que ele captura. O êxtase da platéia e a proteção, quase em pânico, enquanto Elvis é escoltado freneticamente por seus guarda-costas entre os concertos como se estivesse fugindo por sua vida...A excelente fotografia de Robert Thomas foi inteligentemente editada por Ken Zemke. O uso da tela dividida e montagens predominam, mas mantém-se controladas, amarradas a música e nunca se sobrepondo. É o feeling do cantor por sua música que deixa a mais marcante impressão no filme - Sua ânsia desenfreada por cantar.

 

Mas talvez o maior mérito dos cineastas tenha sido capturar, mesmo que apenas superficialmente e certamente não na dimensão que esperavam os produtores, o lado mais intimista de Elvis, através dos pequenos segmentos onde o cantor se revela, como quando fala no início do filme sobre seu medo antes de entrar no palco. Ainda mais significante, o momento de descontração onde Elvis e os músicos relaxam cantando músicas gospel.

O resultado final é um filme que faz juz ao Elvis da década de 70. Um artista vital, dinâmico e principalmente, um fênomeno de popularidade.

 

          

 

  • CURIOSIDADES
  • Elvis On Tour custou $600.000 e recuperou o investimento em três dias de exibição.
  • Foi o unico filme de Elvis a receber um prêmio de prestígio, o Globo De Ouro por Melhor Documentario 
  • Entre os nomes propostos para o filme estava Stading Room Only
  • Um trilha sonora de mesmo nome iria acompanhar o lançamento do filme mas a idéia foi abandonada e deu lugar ao album As Recorded Live At Madison Square Garden. 
  • Also Sprach Zarathustra, o tema de abertura de quase todos os shows de Elvis na década de 70 não pode ser utilizado na edição final do filme e um novo tema, similar, foi criado e colocado sobre o audio original.
  • Muitas horas de filmagem permanecem inéditas nos arquivos da MGM/Turner
  • Robert Abel tornou-se um nome reconhecido em Hollywood, fundando um grupoo com seu nome, especializado em efeitos especiais. Abel ganhou 33 prêmios Clio, 2 Emmys e 1 Globo de Ouro 
  • Em 2007 a empresa Mcfarlane produziu uma versão  tridimensional do poster original de Elvis On Tour para sua linha Pop Culture Masterpieces, que retrata posters de filmes famosos.

 

 

 

  • ELENCO: 

    Elvis Presley
    TCB Band
    Sweet Inspirations 
    JD Sumner And The Stamps Quartet 
    Katy Westmoreland

  • DIREÇÃO:

       Robert Abel e Pierre Adidge

  • CANÇÕES

       See See Rider, Proud Mary, Never Been To Spain, I Got A Woman, Bridge Over Troubled Waters, How Great Thou Art, An American Trilogy, Burning Love, Separate Ways,I John, entre outras.

  • ESTÚDIO:

MGMT (3K)

 

 

  • Posters e Lobby Cards:

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  • Digitalizar00021 (51K)Digitalizar000215 (54K)

               

 

  • Bastidores:

  •  Pierre Adidge e Robert Abel, a direita, ao lado dos vários rolos de filmes contendo filmagens de Elvis.

        RollingStone9Nov72s (48K)

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