® Sergio Luiz Fiça Biston, Janeiro de 2012
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ECB: Vocês passaram um bom tempo com Elvis em Vail, Colorado, no que foi um merecido descanso em 1976. Certamente foi uma ótima oportunidade para conhece-lo melhor. Quais são suas lembranças dessas férias?
SD: Foram férias muito divertidas. No meu livro falo à fundo sobre esse momento. Foi nessas férias que ele me deu um Cadillac. Ele se divertiu muito nos barrancos de neve. Ele sempre se esforçava ao máximo para fazer todos felizes. Era isso que o fazia feliz.
ECB: Você tem ou sabe de mais fotos dessa ocasião, além das que circulam na internet?Você ou Joe fizeram alguma filmagem dessas férias?
SD: Infelizmente a maioria das fotos é dos caras e suas mulheres/namoradas. Eu tenho algumas que vou colocar no meu livro. Mas são fotos de coisas que estávamos fazendo ou da paisagem. Há algumas fotos com Elvis, mas a última coisa que queríamos fazer era invadir sua privacidade. Não parecia certo simplesmente colocar uma câmera na frente de Elvis a não ser que ele pedisse.
ECB: Em Março de 1977 Elvis decidiu que era o momento de mais um descanso. Então ele decidiu ir para o Havaí, levando todos os amigos junto. Essas seriam as últimas férias de Elvis. Você também foi convidada para essa viagem. Como foram esses momentos?
SD: Não acho que Elvis precisava de um descanso. Ele simplesmente tinha recém-adquirido o seu próprio avião, o Lisa Marie, e sentiu um acerta liberdade que antes não tinha. Então, já que ele adorava o Havai, ele disse: “Hey, vou levar todo mundo para o Havaí”. Foi uma coisa de última hora.
Então com um sorriso no rosto, e Elvis muito feliz, fomos todos para o Havaí no seu avião. Voar agora era como entrar num carro e ir ao cinema. Ele só disse aos pilotos para prepararem o avião e iríamos para qualquer lugar que ele pedisse à tripulação.
As vezes as pessoas vêem? coisas demais nas coisas que Elvis fazia. Ele só quis se divertir e tinha os meios para isso. Então quando ele teve um tempo livre, ele pensava em maneiras de como fazer isso. As pessoas não devem pensar nele como alguém condenado, infeliz e depressivo que precisava de um descanso por trabalhar demais. Ele apenas queria se divertir quando não estava em turnê, assim como nós. Alguém que trabalha das 8 as 5 por quatro anos, precisa de umas férias. Elvis podia pegar férias a hora que quisesse. Se ele realmente se sentisse exausto bastaria pedir ao Dr. Nick que falasse isso ao Coronel e adiar a turnê ou show. Mas ele raramente fez isso e só quando estava exausto ou tinha algum problema médico. Ele adorava cantar, era divertido para ele. Ele detestava desapontar seus fãs então ele dava o melhor que podia para deixar todos contentes.
No fim ele cortou um pouco os shows em Vegas porque eram demais para ele.
ECB: Existem algumas fotos adoráveis de Elvis jogando futebol americano com seus amigos. Que tipo de atividades ele fazia para relaxar no Havaí?
SD: Nos divertimos muito no Havaí. Como poderia ser diferente? Sabe, é engraçado quando você olha para essas fotos dele jogando futebol, você percebe que ele não estava gordo como muitos dizem. Ele era apenas um cara comum de 40 anos que você vê todos os dias. Eram aquelas jumpsuits brancas e apertadas. Ele parecia bem naquela camisa azul jogando futebol, não acha?
ECB: Para começar, conte-nos um pouco sobre você e como você conheceu Elvis.
SD:Cresci na Califórnia e me mudei para Las Vegas quando tinha 17 anos. Minha irmã e um outro casal haviam recém chegado a Las Vegas e queriam ver o show de Elvis. Chegamos atrasadas e tivemos que nos sentar separados.
Joe Esposito me viu na platéia e me ofereceu um lugar melhor. Acabei sentando na área privada de Elvis. Eu tinha penas 20 anos e Joe era 16 anos mais velho; Nos tornamos bons amigos e 8 meses depois começamos a namorar. Acabei indo morar com ele em Beverly Hills. Moramos juntos por cinco anos. Ainda somos amigos e várias vezes e sempre visito ele e sua esposa Martha. Nos falamos pelo menos 4 vezes por semana. Ele se tornou como um irmão para mim. De vez em quando eu o provoco e digo que ele é como um pai para mim.
ECB: Antes de conhecê-lo, você gostava do trabalho dele?
SD:Eu era apenas um bebê quando ele gravou seu primeiro disco. Tive contato com sua música mais tarde e gostei muito.
Eu não sabia muito sobre ele e nem sobre a “Máfia De Memphis”, ou sobre quem ele estava namorado ou até o que TCB significava. Eu só tinha visto dois shows dele e o tinha visto no Aloha From Hawaii, na televisão. Lembro que pensei “wow”, esse é um cara muito bonito e adorei suas musicas.
Eu também gostava do filme Kissing Cousins. Anos mais tarde eu contei para ele que este era meu fime favorito e ele me disse que odioou fazer o filme porquê a porcaria da peruca lhe dava muita coceira.
ECB: Qual foi a primeira impressão que teve ao conhecê-lo?
SD: Não conseguia tirar meus olhos das mãos dele, elas eram tão angelicais. Ele foi muito bacana com todos, e era muito humilde.
ECB: Acredito que você tenha visto alguns shows de Elvis, na estrada ou em Vegas. Como foram essas experiências?


ECB: Parece que durante esse passeio no Havaí Elvis saiu para fazer compras e visitar lugares de interesse, além de assistir alguns shows. Você se lembra dessas ocasiões?
SD:Íamos em grupo praticamente à todos os lugares que ele ia, Lembro que fomos ver alguns shows, mas honestamente não consigo me lembrar quais. Eles eram como quase todas as saídas com Elvis. Aonde fossemos, éramos tratados como realeza. Eles simplesmente o amavam no Havaí. Os habitantes da ilha eram muito bacanas conosco.
ECB: Qual é a história dessas fotos?
SD: Na primeira foto Elvis está cantando In The Misty Moonlight no meu ouvido, uma música que ele prometeu gravar para mim alguns dias antes, porque eu disse à ele que gostava.
Na terceira foto, ele não parava de tentar colocar a língua na minha orelha toda vez que Joe ia bater a foto. Foi Elvis quem pediu a Joe para bater algumas fotos dele comigo. Essas fotos foram as primeiras batidas dessas férias. Elas deram a oportunidade para que outros começassem a tirar fotos sem se sentir desconfortáveis.



ECB:Você tem mais fotos dessas férias ou talvez alguma filmagem?
SD: Tenho uma última foto minha e dele que nunca vi circulando. É a última foto tirada na praia. Nós dois no mesmo local. Espero colocá-la no meu livro.
ECB: Infelizmente as férias tiveram um fim abrupto. A maioria das fontes diz que um pouco de areia entrou nos olhos de Elvis e o Dr. Nick teria achado melhor voltar para Memphis por temer que a córnea de Elvis tivesse sido arranhada. Outros dizem que o suprimento de remédios de Elvis acabou e ele retornou para Memphis em busca de mais. Qual é o verdadeiro motivo?
SD: Primeiro devo dizer que os remédios que uma pessoa toma só diz respeito à ela. Dito isso, tenho certeza que se Elvis precisasse de medicamentos, o Havaí estava cheio de farmácias e médicos para prescrevê-los.
Nunca ouve um tempo pré determinado quando saímos de férias com Elvis ou para nos divertirmos. Estávamos lá para nos divertirmos e não nos importávamos com o relógio. Elvis ficou mais tempo quando fomos para Vail. Joe e eu fomos embora mais cedo do que tínhamos planejado. Da mesma foram deixamos o Havaí mais cedo do que o planejado por Elvis. Não houve nenhum motivo extraordinário para ir embora, apenas fomos.
ECB: Antes de voltar para casa, parece que Elvis escolheu um presente para cada um como uma lembrança dessas férias, é verdade?
SD: Honestamente ele nos comprava presentes aonde quer que fossemos. Se me lembro bem ao certo, uns vendedores que de alguma forma conheciam Elvis da casa que ele alugou na praia e Elvis comprou deles uma espécie de “túnica de guru” feitas de seda e uns colares de pedra. Ainda tenho os dois. Era um tipo de presente típico, regional, mas mesmo assim os usamos, inclusive Elvis, por um dia e depois deixamos de lado. Acho que os vendedores eram amigos de Larry Geller e Elvis comprou mais para ajudá-los. Ficamos bem ridículos naquelas roupas mas nunca íamos falar isso para Elvis. Só dissemos o quanto gostamos e agradecemos. Acho que nem Elvis gostou delas. Eram robes grandes e bacanas, mas não era para nós. Acho que Larry e sua mulher escolheram um tipo diferente antes de Elvis escolher os demais para nós.
ECB: O último ano de sua vida foi muito turbulento. Elvis estava encarando problemas em sua vida particular e seu relacionamento com Ginger Alden parecia ser um no qual ele tinha grandes expectativas. Ao que parece, Elvis investiu mais na relação do que Ginger. Ela estava com o grupo nas férias do Havaí e pelo o que você pode observar, o que você pode falar sobre o relacionamento dos dois?


ECB: Elvis tinha verdadeira adoração por sua filha Lisa. Infelizmente ele não podia conviver com ela diariamente. Você em algum momento presenciou um momento pai e filha quando Lisa estava com Elvis?
SD: Elvis amava Lisa, acho que isso era evidente. Ela passava bastante tempo em Graceland. Todos adoravam ela e ela sabia como conseguir o que queria de todo mundo. Acho que ela só ouvia Joe, Charlie ou Jerry. Quanto aos outros, eles faziam o que ela mandava e como mandava.
Eu as vezes ficava furiosa quando eu via várias mulheres que nunca tinham conhecido Lisa, corriam até ela e a abraçavam e tentavam parecer como se fossem melhores amigas. Lisa era muito inteligente e conseguia ver as reais intenções, mesmo sendo tão criança.
Nunca vi Elvis gritar com ela, e ele sempre fazia questão de falar com ela quando ele entrava num lugar onde ela estava. Ela passava bastante tempo com ele e Linda Thompson, longe de todos.
ECB: Elvis tinha um grande senso de humor e era muito generoso. Você tem alguma história que ficou com você esses anos todos e que gostaria de compartilhar?
SD: Ele tinha realmente um grande senso de humor e também um coração amoroso e generoso. Lembro-me particularmente de quando ele me deu um maravilhoso anel de diamante em Las Vegas. Eu tinha acabado de passar pela porta da frente da suíte Imperial. Ele estava muito ansioso para me dar o anel. Ele saiu do banheiro com o rosto cheio de creme de barbear, tirou o anel do bolso do pijama e me entregou. Então ele me abraçou, e foi me dar um beijo no rosto. Ao me beijar me sujou com o creme de barbear. E então ficou esfregando o rosto até que meu rosto ficasse todo sujo. Demos muita risada, agradeci ao anel e ele voltou ao banheiro para terminar de fazer a barba.
Ele me deu também dois Cadillacs. Um nas férias em Vail e outro alguns meses antes de falecer.
ECB: Certamente o livro que seria publicado em breve por seus amigos e ex-guarda-costas o perturbava muito neste período. Ele falou a respeito disso com você?
SD: Sim, ele estava chocado! Não era tanto pelo o que eles escreveram, embora isso por si só fosse perturbador, era mais a traição. Ninguém ainda contou a história verdadeira por trás disso, mas eu estava lá quando Elvis pediu a seu pai que os demitisse e o que o motivou a demissão.
Eles escreveram o livro para se vingar de Elvis. Se ele falou sobre isso? Sim, ele reagiu como eu ou você reagiríamos se alguém estivesse escrevendo um livro cheio de mentiras sobre sua vida particular só por vingança. Todos nós ficamos chateados. Red e Sonny foram traidores e continuam sendo até hoje. Eles dizem que estavam tentado salvá-lo, mas eles estavam ocupados demais usando Elvis e o traindo.
ECB: Elvis tinha verdadeira adoração por sua filha Lisa. Infelizmente ele não podia conviver com ela diariamente. Você presenciou um momento pai e filha quando Lisa estava com Elvis?
SD: Elvis amava Lisa, acho que isso era evidente. Ela passava bastante tempo em Graceland. Todos adoravam ela e ela sabia como conseguir o que queria de todo mundo. Acho que ela só ouvia Joe, Charlie ou Jerry. Quanto aos outros, eles faziam o que ela mandava e como mandava.
Eu as vezes ficava furiosa quando eu via várias mulheres que nunca tinham conhecido Lisa, correr até ela e a abraçar tentando parecer como se fossem suas melhores amigas. Lisa era muito inteligente e conseguia ver as reais intenções, mesmo sendo tão criança.
Nunca vi Elvis gritar com ela, e ele sempre fazia questão de falar com ela quando ele entrava num lugar onde ela estava. Ela passava bastante tempo com ele e Linda Thompson, longe de todos.
ECB: Muitos dizem que a máfia de Memphis foi uma das causas do distanciamento de Elvis com o mundo real e seu comportamento errático nos últimos anos. Você concorda? A Máfia De Memphis foi boa ou ruim para Elvis?
SD: Bem, sempre existe algumas ovelhas negras num grupo. Mas eu odiaria pensar no que a vida de Elvis teria se transformado se ele vivesse sozinho em Graceland. Elvis talvez tivesse quarenta anos, mas ele vivia como um menino. Ele gostava de filmes, parques de diversão, Havaí, Snowmobiles, motos, cavalgadas e tudo aquilo que pudesse lhe divertir. Não acho que ele iria querer de outro jeito. No final das contas era a decisão quem ele queria manter por perto e ele fez essas escolhas. Se ele não quisesse alguém por perto ele não as mantinha. Ele pagou à Marty Lacker 10.000 dólares para que ele se afastasse. Priscilla, Joe e David Stanley me contaram isso pessoalmente. Ele também não queria mais Sony, Dave Hebler e Red west por perto, então ele os demitiu. Acho uma ironia quando esses quatro se auto-denominam Mafia de Memphis, quando na verdade eles eram “Ex- Máfia de Memphis. Era a escolha de Elvis quem ele queria ou não. Isso não me parece um comportamento incomum. Me parece algo muito normal.
ECB: E seu lado espiritual? Ele compartilhou suas crenças com você?
SD: Elvis tentou entender todas as religiões que pode. Como todos devem saber ele usava uma cruz e uma estrela de Davi. Ele costumava brincar que era para se certificar que estava fazendo a coisa certa. Também soube que ele gostava dos ensinamentos dos Mórmon. Ed Parker era Mórmon e passou alguns ensinamentos à Elvis. Ele era realmente religioso. Eu o ouvi falar de várias religiões e ele citava muito a Bíblia. Ele pessoalmente me indicou várias passagens. Não há dúvidas de que ele amava a Bíblia.
ECB: Quando foi a última vez que você o viu:? Como ele estava?
SD: A última vez que eu o vi foi em Julho de 77, quando eu me despedi dele no seu avião. Aquele foi um momento muito especial e diferente de das outras vezes em que me despedi dele. Ele foi muito gentil e estava de bom humor. É também um assunto que abordo no meu livro.
ECB: Como você recebeu a notícia de sua morte?
SD: Tinha acabado de conseguir meu primeiro papel num filme e ia encontrar com Joe em Memphis um dia depois do planejado. Recebi a ligação de Joe antes da notícia chegar à imprensa e ele me instruiu à contatar Ann Margret e avisa-la de imediato. Foi difícil acreditar nele na hora. Achei que ele estivesse brincando. Não podia acreditar. Fomos para Memphis no Lisa Marie naquela tarde, junto com Priscilla e sua família. Estávamos todos em choque.

ECB:Certamente foi um dia terrível, especialmente para seus amigos e familiares. Quais são suas lembranças desse dia?
SD:Quando cheguei à Graceland foi um momento tenebroso. Todos estavam de coração partido. Era difícil acreditar que Elvis havia morrido. Aguardamos a chegada de seu corpo e então cada um de nós ficou a sós com ele na sala de música.
As empregadas da casa foram excepcionais. Elas mantiveram a normalidade da situação. Ninguém menciona nada sobre elas nos livros, mas na verdade se olharmos para trás, tenho certeza que todos concordarão que elas mantiveram tudo normal.
Chorávamos nos ombros uns dos outros. Ginger não estava lá. Ela foi embora rapidamente e não retornou até o funeral. Não me lembro, honestamente, de ninguém a consolando ou mesmo que ela precisasse de qualquer tipo de consolo.
Lisa parecia um pouco confusa, mas ela corria pela casa com a filha da namorada de Vernon, Laura, que tinha a mesma idade de Lisa. Laura ajudou a manter Lisa ocupada e longe de toda a comoção. Priscilla estava lá, é claro, e ela foi quem mais ajudou Lisa a passar por tudo isso.
ECB: Você está escrevendo um livro sobre o tempo em que conviveu com Elvis. Como está o livro e que tipo de informações encontraremos nele?
SD: Sim, o título do livro será Memphis Mafia Princess. Não há muitos livros sobre os últimos 3 anos de Elvis. Há apenas resumos ou menções sobre essa parte de sua vida, mas infelizmente como ele viveu esses últimos anos ainda permanece sem informação. Como namorada de Joe Esposito, a uma amiga próxima de Elvis eu vivi a vida de uma princesa da Máfia de Memphis, viajando e participando das turnês de Elvis nesses três últimos anos. Abro esses últimos capítulos de sua vida e os partilho em detalhes, os segredos do que realmente aconteceu nos últimos anos e conto a história que ainda está para ser contada. O livro já esta pronto e espero publica-lo logo.
ECB: Para encerrarmos, como você acha que ele devia ser lembrado?
SD: Como a meravilhosa pessoa que era. As pessoas precisam parar de exagerar as coisas para vender livros. Acho que os fãs estão cansados disso e querem saber como ele era como pessoa e não dissecá-lo até o ponto de querer saber o que ele comeu no dia em que morreu. Isso é ridículo. É realmente isso que as pessoas querem saber e como elas querem que ele seja lembrado? Espero que não, porque há tantas coisa s maravilhosas sobre Elvis que o faziam ser o que ele era. Ele era gentil, preocupado, temente a Deus e um homem adorável.
Shirley Dieu entrevistada por Sergio Luiz Fiça Biston em Janeiro de 2012
O Lisa Marie leva Priscilla Presley e Shirley Dieu para o funeral de Elvis.
Shirley Dieu conviveu com Elvis Presley nos últimos 3 anos de sua vida. Nesse curto período de tempo Shirley conheceu de perto uma das mais influentes figuras do século 20. Nessa entrevista exclusiva para o Elvis Collectors Brasil, Shirley compartilha sua incrível história.
ECB: Elvis Collectors Brasil
SD: Shirley Dieu


SD: Fui com Joe a todos os shows de Elvis nos últimos três anos. Normalmente Elvis não permitia que as mulheres fossem à todas as turnês. Honestamente, era para que os caras tivessem chance de fazer um “rodízio” com outras garotas.
Em algumas turnês era permitido levar as esposas/namoradas e no outra eles levavam outras namoradas.
Elvis sabia o quanto eu e Joe éramos próximos e fazia questão que ele me levasse em todas as turnês. Uma vez em Vegas ele disse “sem esposas ou namoradas”. Joe me levou do mesmo jeito e eu mês escondi num armário.
Elvis foi até o quarto de Joe que ficava na mesma suíte de Elvis. Ele perguntou por mim e Joe disse que não havia me trazido já que ele disse sem esposas ou namoradas. Mas Elvis respondeu “Mas eu não me referi a Shirley. Traga ela aqui e ligue também apara um joalheiro para eu comprar um anel para ela."
Eu fiquei espantada dentro do armário ao ouvir isso. Fui a única garota permitida naquela temporada em Vegas além da nova namorada de Elvis, Ginger. Era a primeira vez que ela ia para Las Vegas ela tinha acabado de conhecê-lo. Acho que um dos motivos que ele queria que eu estivesse lá, era para que Ginger tivesse outra mulher para conversar.

SB: Ha uma outra foto bastante peculiar, com Elvis deitado no chão em cima da irmã de Ginger. O que estava acontecendo?
SD: Todos estávamos sentados tranquilamente na sala de estar. Rosemary parecia estar distante,num mundo à parte. Elvis querendo quebrar o silêncio, saltou sobe ela, mais ou menos como um tigre faria, pegando ela de guarda baixa, para acordá-la. Era uma dessas coisas que Elvis fazia para divertir todo mundo.
SD: Falo bastante sobre isso no meu livro, Memphis Mafia Princess. Acabei conhecendo Ginger muito bem, talvez mais do que qualquer outro com exceção de Elvis. Ela me falou muito a respeito dos sentimentos dela que ela não falou a Elvis. Falamos muito sobre o relacionamento deles. A medida que presenciava o relacionamento de perto, percebi que não era um relacionamento verdadeiro. Houve momentos em que eu, Joe, Ginger e Elvis passamos juntos e eu sabia o que realmente estava acontecendo entre eles e não era bom. Isso é algo que falo a respeito em meu livro.