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The Final Farewell

 

Show gravado em Indianapolis, IN, no dia 26 de Junho de 1977.

Músicas:

 

 

 

Disco 1

Great Good Morning

Street Corner Preacher

Gone At Last

Operator

Swing Low, Sweet Chariot

Black Sunday

If You Leave Me Now

Get Away

Introductions


Disco 2

Also Sprach Zarathustra

See See Rider

I Got A Woman / Amen

Love Me

Fairytale

You Gave Me A Mountain

Jailhouse Rock

O Sole Mio / It's Now Or Never

Little Sister

Teddy Bear / Don't Be Cruel

Release Me

I Can't Stop Loving You

Bridge Over Troubled Water

Band Introductions

Early Mornin' Rain

What'd I Say

Johnny B. Goode

Larry Londin Drum

Jerry Scheff Bass

Tony Brown Piano

I Really Don't Want To Know

Bobby Ogdin Electric Clavinet Solo

Joe Guercio Orchestra

Hurt

Hound Dog

Introductions

Can't Help Falling In Love

Closing Vamp

 

The Last Farewell – Por Sergio Biston

 

Dentro da arena, o burburinho era o costumeiro. Fãs de todas as idades e localidades movimentavam-se freneticamente, esperando ansiosos o momento em que o lendário cantor entrasse no palco. Vendedores anunciavam os souvenirs, posteres, fotos...A atmosfera era de eletricidade e ansiedade.

Então as luzes se apagaram. O burburinho da lugar a gritos e assobios e em instantes os primeiros acordes de “2001 – Uma Odisséia No Espaço” ecoam pela arena escura. Após poucos segundos Larrie Londin explode com o riff de entrada de C.C. Rider e Elvis entra no palco do Market Square Arena em Indianápolis para fazer o último show de sua carreira.                       Os 18.000 pagantes que lotavam o estádio presenciariam o fim de uma carreira singular na história do mundo da música. Nunca antes um artista havia capturado o coração de tantos. Nunca antes um cantor havia revolucionado o campo musical e influenciado os costumes de uma geração da forma que Elvis o fez. E agora, essa lenda viva pisava pela última vez em um palco.

Embora o ano de 1977 tivesse sido um ano de muitos altos e baixos para Elvis, onde vários shows de baixa qualidade foram apresentados e sua saúde estivesse no ponto mais baixo, seus últimos concertos foram bastante agradáveis.

Ironicamente, em Indianápolis Elvis fez talvez o melhor show desta turnê e possivelmente o melhor do ano. Presley está de bom humor, sua voz firme e bem impostada e as performances são concentradas.

Assim como sua última temporada em Vegas, o repertório é uma despedida inconciente. Estão lá as novas canções, bem como os clássicos eternos, mesclados com pequenas preciosidades como I Cant Stop Loving You, Bridge Over Troubled Waters e Release Me. Algumas músicas destacam-se. Embora Elvis as tenha cantado centenas de outras vezes, aqui, em suas derradeiras execuções, elas se tornam um pequeno pedaço de sua biografia.

 

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Em You Gave Me A Moutain, revela suas dores: A morte de sua mãe, a separação de sua esposa, a desintegração familiar e o lento e melancólico esfacelamento de seus sonhos e ideais. Hurt é quem sabe um recado a sua ex-mulher. Um recado melancólico, desesperado e em tom de amargura.

O mesmo pode ser dito de I Really Dont Want To Know, originalmente lançada no soberbo Elvis Country e que aqui se transforma em um retrato amargo do que poderia estar passando por sua cabeça com relação a Priscilla. “Quantos braços haviam a segurado, quantos labios haviam a beijado?” “Realmente Não quero saber”, complementa ao final.                                                                                                                                                                                                                                                                                  Embora não cante todos os versos da canção, a voz embargada e encharcada no arrependimento e na amargura faz com que finalmente Elvis ache a verdade na canção.

Mas é em Bridge Over Troubled Waters que temos o momento mais arrepiante do show. Não porque essa seja sua melhor versão, não é o caso, mas sim porque o trocadilho de Elvis representa perfeitamente a relação de amor recíproca entre ele e seus fãs. “Quando você estiver ferido, se sentindo pequeno, quando lágrimas estiverem em seus olhos, lhe darei uma echarpe”

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Eles se apaixonaram por ele nos idos da década de 50 e ele correspondeu pelo resto da sua vida. Também por eles Elvis estava naquele palco pela última vez, mesmo com sua saúde e aparencia debilitados. Por eles ele se esforçou para alegra-los mesmo quando a tristeza permeava seus pensamentos e suas canções.

Então, sempre muito antes do esperado, o dedilhado do piano veio para anunciar o final do concerto. Os inconfundíveis versos de Cant Help Falling In Love preencheram uma arena pela última vez.

Em poucas semanas a alegria daria lugar a tristeza e a saudade. Numa tarde quente de Terça- Feira, Elvis despediu-se desta vida. Deixou-nos muito mais do que echarpes. Deixou sua música, carisma e bom humor.

Foram 33 filmes de sucesso, 18 primeiros lugares na Billboard, uma soma inigulável de discos vendidos no mundo todo e milhares de apresentações lotadas na America Do Norte.              Em cinco anos ele seria esquecido, apostavam os cínicos. Mas passados mais de trinta anos , continua mais vivo do que nunca no imaginário popular.

Elvis talvez tenha deixado o recinto, mas sua música, voz, personalidade e imagem continuam vivas na mente de milhões de crianças, jovens e adultos.

 

E aqueles tempos felizes, que um dia conhecemos,

embora tão distantes, me fazem ficar tão triste.

Dizem que o tempo cura um coração partido,

Mas o tempo ficou parado desde que nos separamos

Então vou viver minha vida, em sonhos do passado”

-Market Square Arena, Indianapolis, IN

26 De Junho de 1977

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Som: 4/5

Show: 4/5

Arte: 4,6/5

 

® Sergio Luiz Fica Biston, Março de 2009

Originalmente publicada pelo autor no livro Elvis Em Turnê em Janeiro de 2006

 

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