 
  

 
  
A Hot Winter Night In Dallas 
   Show gravado em 
Dallas, Texas no dia 28 de Dezembro de 1976 Musicas:     A 
Hot Winter Night In Dallas- Por Sergio Biston Do primeiro minuto que pisou no 
palco, naquela noite de Dezembro em Dallas, até os últimos acordes de 
Cant Help Falling in Love, Elvis foi a definição do Rock and 
Roll. Não se sabe ao certo o que ocorreu com Elvis neste momento de sua vida, 
mas o que quer que tenha sido, fora forte o suficiente para impulsioná-lo 
novamente à agradar seu público, provar à todos que ele era o maior cantor de 
todos os tempos e que o tempo, não havia diminuído seu 
talento. E devido a toda sua convicção, 
Presley explode  Sua voz não era mais a voz ríspida 
e energética do “comeback” nem tinha ele mais, aquela energia sem fim. Mas mesmo 
assim, de sua maneira única, Elvis encontrava uma forma de emocionar e eletrizar 
seus fãs. E as performances nesta gravação 
são testemunho disso. As canções mais pesadas, como Polk Salad 
Annie e Trying To Get To You poderiam ruborizar Jagger 
ou Morrison, tamanha vitalidade e energia, e nas canções mais sentimentais, como 
Love Letters e You Gave Me A Moutain Elvis 
prova seu domínio total em baladas melancólicas. Em 1976, o show de Elvis estava 
preso a um mesmo repertório, mas existem algumas surpresas, como uma versão 
completa de Early Morning Rain e uma excelente Blue 
Sued Shoes, rara para a época. Fairytale também é 
relativamente rara e Elvis faz uma das melhores versões desta 
canção. O show em si é bastante acelerado, 
e até mesmo a apresentação da banda é bastante interessante, com destaque para o 
solo do “piano elétrico” de David Briggs. Até mesmo aqui Elvis está eletrizado, 
cantando e gritando como um verdadeiro rockeiro, improvisando até mesmo uma 
versão de Hey Bo Diddley, durante o solo de Ronnie 
Tutt. Elvis eletrizado 
em Dallas, Tx.
Porém, é em 
“Hurt” e “Unchained Melody” , dois highlights 
de seus shows, que podemos apreciar toda a grandiosidade de Elvis. Hurt é tão 
fantástica, que faz com que o ouvinte deseje estar presente na arena para sentir 
o chão vibrar enquanto Elvis atinge a nota final e a prolonga até o limite do 
sadomasoquismo.
Já próximo ao fim do show, Presley 
decide cantar uma “nova” canção, uma antiga música dos Everly Brothers chamada 
“Unchained Melody”. A beleza desta performance em particular, está na 
simplicidade de seu arranjo, com Elvis ao piano e seu simples conhecimento do 
instrumento, um par de notas erradas e toda a insegurança de uma canção nunca 
antes ensaiada ( essa é a segunda vez que “Unchained” é cantada ao vivo), 
compensada pela entrega emocional de Elvis neste número. Excelente.
Ao ouvir este registro, é 
impossível não notar a felicidade de Elvis e como ele havia redescoberto o 
prazer de viver e se apresentar ao vivo. É triste saber, entretanto, que essa 
redescoberta não tenha durado tempo o suficiente. A curta turnê de Dezembro foi 
provavelmente a última vez que Elvis foi realmente Elvis no palco. Cheio de 
energia, feliz, bem humorado e principalmente, cantando com o toda a força. Foi 
sem dúvida, uma espécie de renascimento após quase um ano inteiro num estado de 
depressão.
E se a neve caiu naquela fria 
noite de inverno em Dallas, Elvis certamente a derreteu com sua voz, carisma e 
energia. Qualidades raras nos dias de hoje.
Som: 4/5 
Show: 4,9/5 
                                                     
© Sergio Luiz Fiça Biston. Originalmente publicado por Sergio Luiz Fiça Biston 
em Janeiro de 2002, no site Elvis Still Active In 
Norway.
Traduzido pelo autor em Janeiro de 2006 para o site Elvis Collectors Brasil.
® 2006 Elvis Collectors 
Brasil. O conteúdo 
deste site, seus textos e layout são de exclusividade do mesmo. Qualquer 
reprodução do seu conteúdo sem prévia autorização dos proprietários é proibida e 
consiste em falta de ética.