The Brightest Star On Sunset Boulevard
Ensaios, 24 de Julho de 1970
Faixas:
Disco
1
That's All Right
I Got A Woman
The Wonder Of You
I've Lost You
The Next Step Is Love
Stranger In The Crowd
You've Lost That Lovin' Feeling
Something
Don't Cry Daddy #1
Don't Cry Daddy #2
You Don't Have To Say You Love Me
Polk Salad Annie
Bridge Over Troubled Water
I Can't Stop Loving You
Just Pretend / Don't it makes you wanna go home (few lines)
Sweet Caroline / Love me tender (few lines)
Words
Suspicious Minds
I Just Can't Help Believin' #1
I Just Can't Help Believin' #2
Tomorrow Never Comes / Running Scared (few lines)
Mary In The Morning
Twenty Days And Twenty Nights
You've Lost That Lovin' Feeling
I Just Can't Help Believin' #3
Heart Of Rome (uncensored) & reprise
Memories
Johnny B. Goode
Make The World Go Away / Delilah (few lines)
Stranger In My Own Home Town (uncensored)
I Washed My Hand In Muddy Water
The Brightest Star On Sunset Boulevard - Por Sergio Biston
Gravado originalmente em 24 de Julho de 1970, o ensaio para a temporada que seria imortalizada no documentário Thats The Way It Is captura o artista trabalhando o repertório para o seu novo show, com ênfase no material recém gravado na maratona de gravação em Nashville, no mesmo ano. Não espere encontrar aqui versões finamente acabadas, definitivas, mas sim a melhor definição de “Elvis tocando com os caras”.
A energia e o “joie de vivre” tanto de Elvis quanto da banda, são palpáveis durante as mais de duas horas em que podemos nos transportar para aquele verão de 1970, num estúdio onde Elvis Presley planejava, canção por canção, seu novo concerto.
Ainda mais evidente e interessante, a grande parceria e simbiose de Elvis com a sua banda rítmica, formada por músicos de calibre, cujos nomes são figura fácil na boca de todo fã de Elvis. James, Tutt, Jerry, John,Glen...”A espinha dorsal de todo o meu show”, diria Presley mais tarde. E com propriedade. Nenhuma outra formação esteve tão em sintonia com Presley quanto a TCB band. Preparada para qualquer explosão de espontaneidade, qualquer canção de última hora, um pedido do público, um improviso. Fato evidente nas brincadeiras com Sweet Caroline e Love Me Tender, ou quando Elvis canta os preciosos fragmentos da belíssima Running Scared de Roy Orbinson. Lá está James Burton providenciando os acordes básicos enquanto Elvis vai lembrando o que pode do clássico.
A descontração e a atmosfera relaxada permanecem durante todo o ensaio. Ambiente propício para o bom humor de Elvis e sua famosa risada. As brincadeiras e improvisos prevalecem em vários momentos, mais notadamente na já clássica “versão Zoológico” de Memories. Heart of Rome, Dont Cry Daddy e You´ve Lost That Loving Felling também não ficam imunes aos trocadilhos.
Mas isso não quer dizer que Elvis não esteja levando a sério o ensaio, pelo contrário. Há versões excelentes de Suspicious Minds, e uma fantástica I Just Cant Help Believing, feita de maneira mais lenta e muito delicada.
Tão fantástico quanto o clima do ensaio, é poder participar do processo de montagem do repertório e refinamento das músicas. É uma experiência fascinante poder acompanhar Elvis se auto-corrigindo em Bridge Over Troubled Waters : “Errei o fraseamento”, explica um zeloso Elvis antes de conserta-lo. Ou então pedindo para Tutt pegar pesado em I´ve Lost You ou ainda comentando que precisará do apoio dos backing vocals em Make The World Go Away no final da canção, já que estourou os pulmões em Nashville.
Vale notar também, a clara predileção do cantor pelo novo material gravado em Nashville, com várias canções originais como Stranger In The Crowd, Twenty Days And Twenty Nights, The Next Step Is Love e Just Pretend que ganha aqui uma interessantíssima versão mais bluseira. Todas elas fariam suas estréias na temporada, com algumas sobrevivendo e outras não.
Propiciando mais de duas horas de música, Brightest Star On Sunset Boulevard é um documento importantíssimo para qualquer fã interessado em entender o processo criativo de Elvis e como ele trabalhou para o formato de seus shows. Oportunidades como essas são raríssimas e os poucos outros registros que possuímos dessas ocasiões mostram sempre um artista dedicado e com excepcional “feeling” para música.
Este clássico da discografia bootleg é tudo isso e ainda mais, expondo o lado bem humorado de Elvis e a imensa simbiose entre ele e sua banda. Mais do que recomendado. Essencial.
Conteúdo: 5/5
Som:4,8/5
Arte: 4,5/5
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