Um toque suave e solitário inicia a canção. O eco melancólico e a voz suave e quase frágil de Elvis acompanham o ritmo hipnótico da batida, compondo um cenário triste e desolador. Única em sua simplicidade e igualmente única em sua desolação, Blue Moon talvez seja a mais triste canção de Presley, graças a sua inata sensibilidade musical.

Gravada em 19 de Agosto de 1954 nos estúdios da Sun, Blue Moon exigiu 6 takes, até que Elvis se desse por satisfeito. Os 6 takes foram lançados nas compilações King Of Rock And Roll, Sunrise e Platinum.

Originalmente composta em 1934 pela dupla Richard Rodgers e Lorenz Hart, a canção era um lamento à musa inspiradora dos românticos, poetas e loucos. Um pedido de socorro feito por tantos milhões de solitários no mundo, que dirigem suas súplicas na busca de um amor. Aos que não conseguissem, restaria aquele hotel na rua da solidão, que surgiria alguns anos depois.

                                                                            Richard Rodgers e Lorenz Hart

A versão original, gravada por Ella Fitzgerald, trazia um final feliz, suprimido por Elvis em sua versão.

A decisão de cortar o verso trouxe uma nova dimensão à canção, transformando o conto de fadas num lamento de solidão.

Tida como uma das mais belas canções de Elvis, foi gravada por inúmeros artistas, entre eles Frank Sinatra e mais recentemente pelo excelente grupo The Mavericks.

The Mavericks – Music For All Occasions

Blue Moon fez parte da explosão de Elvis no cenário musical, quando finalmente lançada em seu disco de estréia pela RCA, em 1956.